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NATO: Espanha quer reforçar a cooperação com a Rússia

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Espanha deseja a integração da Rússia num eventual sistema de defesa anti-mísseis

A Espanha defenderá, na cimeira da NATO, em Lisboa, o reforço da cooperação com a Rússia, especialmente tendo em vista a sua integração num eventual sistema de defesa anti-mísseis, disseram fontes do Governo espanhol, citadas pela agência Lusa.

Madrid antecipa que Lisboa possa permitir, neste capítulo, que a NATO faça uma oferta clara à Rússia para que colabore nesse sistema.

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«O objectivo mais importante é, por um lado, que a Rússia deixe claro o seu interesse em ter uma relação mais intensa com os Aliados e, por outro lado, a NATO mostre que a Rússia é um aliado de grande importância», referiu uma das fontes do Governo de Madrid.

Espanha defende que se o sistema anti-míssil for aprovado, a participação da Rússia «permitirá aumentar a segurança euro-atlântica, com um escudo que geograficamente abarcaria de Vancouver a Vladivostok».

Trata-se de procurar ampliar o programa desenvolvido actualmente pela Defesa das Forças Contra Mísseis em Teatro de Operações (de protecção de tropas) para que proporcione também protecção do território e populações dos países da Aliança.

As fontes do Governo espanhol referem que deverá avançar uma adaptação do sistema de comando e controlo da NATO, através de financiamento comum, com os membros da Aliança a poderem fornecer, voluntariamente, tanto armas como sensores.

O Governo espanhol relembra que a presença do presidente russo, Dmitri Medvédev, em Lisboa «deixa claro o interesse da Rússia em manter uma relação com a NATO», um propósito que a Aliança «partilha».

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O futuro do Afeganistão e um novo conceito estratégico em cima da mesa

Além da relação com a Rússia, a cimeira de Lisboa analisará também, entre outros temas, a missão no Afeganistão, o novo conceito estratégico, o combate ao terrorismo e as novas ameaças globais.

Responsáveis pelo sector de defesa do Governo espanhol defendem a necessidade de um novo conceito estratégico para a NATO, que permita dar conta das mudanças que se verificaram no cenário da segurança global, especialmente pós-2001.

Nesse âmbito, destacam elementos como o reforço da defesa colectiva, os modelos para a gestão de crises e a promoção de maior cooperação na área da segurança, um conceito nascido no seio da OSCE e que Espanha tem vindo a promover activamente.

Espanha recorda os esforços de cooperação que tem vindo a ser feitos, «tanto a nível prático como político» com a ONU e a União Europeia.

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