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Gronelândia: este ano derreteu mais gelo

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Quantidade de gelo perdido tem um quilómetro de profundidade e poda cobrir Washington

A camada de gelo que derreteu este ano na Gronelândia atingiu uma taxa recorde, sendo esta a maior desde que as medições por satélite se iniciaram, em 1979, segundo afirmou esta terça-feira um especialista em clima, escreve a Lusa.

«A quantidade de gelo perdido pela Gronelândia ao longo do ano passado equivale ao dobro do gelo dos Alpes, ou seja, uma camada de água com cerca de um quilómetro de profundidade que poderia cobrir a cidade Washington», disse Konrad Steffen, da Universidade do Colorado.

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Steffen e os seus colegas conseguiram, graças a dados provenientes dos satélites militares e meteorológicos, que servem para ver onde é que o gelo está a derreter, vigiar este desgaste muito rápido do gelo e a aceleração deste desgaste.

A superfície da zona do gelo derretido é dez por cento maior do que a do último ano recorde, que foi 2005, segundo o que observaram os cientistas.

A Gronelândia representa cerca de um quarto do tamanho dos Estados Unidos e perto de 80 por cento da sua superfície total está coberta por uma camada de gelo, detendo um vigésimo do gelo do mundo.

Segundo os cientistas, se o gelo existente na Gronelândia derretesse totalmente, o nível das águas dos mares aumentaria 6,4 metros.

Esta aceleração do degelo deve-se ao aumento dos moinhos no gelo.

Em glaciologia, um moinho é um poço talhado num glaciar pelas águas do degelo e/ou da chuva que se encontram na superfície e por onde estas transitam para atingir uma rede de galerias intra e sub-glaciares.

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Estes grandes túneis agem como se fossem drenos e acentuam o impacto do aquecimento climático na camada de gelo, informou Konrad Steffen.

Degelo mais cedo

Nos últimos anos, o degelo tem vindo a iniciar-se cada vez mais cedo no ano.

As temperaturas do ar na calote glaciar aumentaram cerca de 3,9 graus Celsius desde 1991, principalmente devido ao aumento do volume de gazes que provocam o efeito de estufa existente na atmosfera, segundo o que afirmam os cientistas numa pesquisa apresentada num encontro da União Americana de Geofísica, em São Francisco.

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