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Birmânia: «Mais pressão» sobre a Junta Militar

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Estados Unido e União Europeia apelam a comunidade internacional

A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, exortou esta sexta-feira a comunidade internacional a exercer pressões «mais vigorosas» sobre a junta birmanesa, escreve a lusa.

A missão do enviado do secretário-geral da ONU, Ibrahim Gambari, «deveria ser menos discreta e mais vigorosa», declarou a chefe da diplomacia norte-americana numa conferência de imprensa em Washington.

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O tratamento dispensado a Gambari pela junta birmanesa é «inaceitável», prosseguiu Rice.

Já na quinta-feira, o enviado especial da União Europeia para a Birmânia, Piero Fassino, assinalara em Pequim que esperava «sinais positivos» da junta militar para o diálogo e afirmou que as sanções europeias serão ajustadas em função desses sinais.

Numa conferência de imprensa na Delegação da Comissão Europeia em Pequim, Fassino afirmou aos jornalistas que um desses sinais seria o fim da prisão domiciliária de Aung San Suu Kyi, líder da oposição e Nobel da Paz em 1991.

Aceitar recomendações

Adiantou que, além disso, a junta deveria aceitar as recomendações do enviado especial da ONU para os Direitos Humanos, Sérgio Pinheiro, depois da sua última visita à Birmânia, como condição para a criação de um clima de diálogo.

De acordo com Fassino, a entrada no país das agências internacionais como a Cruz Vermelha e do pessoal da ONU para prestar assistência aos refugiados seria mais uma manifestação positiva para o entendimento.

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Fassino também referiu a importância da participação de todos os sectores da sociedade birmanesa - exército, oposição e representantes das minorias - na elaboração da Constituição, que ajudará o país a sair da crise e que promoverá a democracia.

O alto representante referiu que a UE subscreve a postura da ONU face à crise instaurada pela brutal repressão aos monges em Setembro passado por parte dos militares birmaneses e louvou a acção do enviado especial da ONU, Ibrahim Gambari, que conseguiu a libertação dos presos e a celebração de três encontros entre Suu Kyi e a junta militar.

Reforçar sanções

Fassino admitiu que a UE pode reforçar as sanções contra a Birmânia, «como um instrumento para pressionar as autoridades para o diálogo e não como um objectivo», tal como ficou decidido em Bruxelas a 14 de Dezembro.

Reforçou que estas sanções serão «ajustadas de acordo com a evolução do caso».

Fassino chegou à China na terça-feira com o objectivo de conseguir apoio das autoridades chinesas.

«Sabemos que a intervenção chinesa é fundamental para atingir o objectivo da reconciliação nacional birmanesa», sublinhou o enviado europeu, depois de se ter reunido com o responsável chinês para os assuntos asiáticos, He Yafei, e com o representante do Partido Comunista Chinês para as relações internacionais, Wang Jiarui.

Os representantes chineses disseram a Fassino que vão respeitar a soberania birmanesa e que, ao mesmo tempo, apoiarão as decisões da ONU.

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