Na quarta-feira, o Tribunal Constitucional italiano invalidou uma lei que concedia imunidade a Silvio Berlusconi. Esta sexta-feira, o primeiro-ministro italiano disse, em conferência de imprensa, que é uma vítima do sistema judicial do seu país. E garantiu: «Não me demitirei».
«Não me demitirei, sou o melhor primeiro-ministro da história», disse o governante, depois de uma reunião do conselho de ministros. Considerando que os 106 processos judiciais que foram lhe abertos nos últimos anos e os dois pelos quais ainda tem que responder formam parte de um complot, Berlusconi não poupa nas críticas nem na vitimização.
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«Sempre me absolveram», recordou o primeiro-ministro. «Os juízos de Milão são autênticas farsas. Irei à televisão e contá-lo-ei aos italianos. Os juízes são de esquerda. Querem subverter o voto dos eleitores».
«Sou com muita distância o homem político mais perseguido pela magistratura de toda a história, de todas as épocas do mundo», concluiu, mas deixando escapar uma gafe, na declaração de inocência: «Gastei 200 milhões em juízes... perdão em advogados».
A imprensa também não escapou às críticas do maior magnata dos media italianos, que visou de forma especial uma das publicações mais influentes do país: «O "Corriere della Sera", para nossa desgraça, passou a ser o diário da burguesia conservadora, a ser um quotidiano de esquerda».
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