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“Só estou vivo por causa das minhas pernas.” Quando um dos terroristas do Bataclan começou a percorrer os corpos que se espalhavam pela sala, executando, um a um, todos os que ainda estavam vivos, Grégoire Philonenko estava deitado ao lado do filho e só pensava que era um homem morto. Conseguiu sobreviver, graças à prótese que tem numa das pernas. Grégoire contou ao repórter da BBC Gavin Lee os momentos de horror que viveu na sala de Paris.
O francês de 55 anos tinha ido com o filho, de 19 anos, e um amigo deste ao concerto da banda rock norte-americana Eagles of Death Metal no Bataclan. Havia “uma boa atmosfera” no início do espectáculo, descreveu. A um dado momento, tudo mudou.
“Ouvi os primeiros disparos e pensava que era fogo de artifício. Era um espectáculo rock por isso pensava que fosse algum tipo de fogo de artifício. Mas depois ouvi novos disparos. E as pessoas iam caindo no chão…”
Deitou-se no chão, fingindo-se de morto, ao lado do filho.
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"Disse ao meu filho: 'Sou um homem morto, está tudo acabado. Tu, tu não te mexas'."
"Não sei porque ainda estou vivo, só o estou por causa das minhas pernas."
"Passei pelos cadáveres que estavam em todo o lado. Não sei por que ainda estou vivo, só o estou por causa das minhas pernas."
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