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Gripe suína: especialistas acompanham vírus «há semanas»

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Responsáveis dizem que «a acontecerem mais mortes, elas poderão acontecer em qualquer lugar»

A ameaça da gripe suína está a ser seguida há «algumas semanas» por epidemiologistas europeus, apesar de só ter ganho visibilidade na sexta-feira, após os casos no México e nos Estados Unidos, revelou um especialista europeu em saúde pública.

«Esta ameaça estava a ser seguida pelos nossos epidemiologistas há algumas semanas e passou a ser do domínio público a partir das notícias com origem nos casos do México e dos EUA», disse à Agência Lusa o director adjunto do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC).

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Segundo Paulo K. Moreira, «a União Europeia tem um sistema de monitorização extremamente sensível a todas as ameaças à saúde pública na Europa».

«O sistema, chamado EWRS, é gerido a partir do Centro Europeu e assume um misto de notificações dos estados-membros, incluindo as doenças de notificação obrigatória, e de outras fontes que vão sendo constantemente verificadas em termos de validade técnica e veracidade», disse.

Depois de identificada a ameaça do H1N1, e «ainda antes da atenção mediática», o Centro Europeu para a Prevenção e Controlo das Doenças iniciou a sua «investigação, no sentido de saber mais em detalhe que tipo de vírus ou bactéria está envolvido, o perfil dos afectados, o contexto onde estiveram em contacto, o potencial de contágio».

«Numa ameaça em progressão, como esta, conforme a incidência de novos casos na Europa ou em outras regiões do mundo, estabelecem-se processos de investigação científica com base nos estudos epidemiológicos e laboratoriais», disse.

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Minimizar os riscos para a saúde humana

O director adjunto do organismo que está a acompanhar a resposta dos estados-membros da União Europeia à crise provocada pela gripe suína reconhece que «os estados-membros, através dos seus governos nacionais, estão muito envolvidos na correcta identificação de casos confirmados».

«A nossa preocupação [do Centro Europeu]é sobretudo recolher evidência para estudar o novo vírus e analisar as alternativas para o enfrentarmos no sentido de minimizarmos os riscos para a saúde humana na União Europeia», adiantou.

Paulo K. Moreira reconhece os riscos: «A acontecerem mais mortes por contágio deste vírus, elas poderão acontecer em qualquer lugar», afirmou. Contudo, o especialista frisa que, «havendo mais de 2.400 casos sob investigação, há apenas cerca de 90 casos confirmados e cinco mortes em todo o mundo».

Paulo K. Moreira considera que a melhor forma de minimizar o impacto deste vírus é através de «uma boa rede de monitorização epidemiológica que permita detectar casos com rapidez e uma boa rede de cuidados de saúde na comunidade que consiga implementar as medidas de saúde pública necessárias para minimizar o impacto na saúde humana».

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