Um juiz aposentado acusa Brigitte Sirny, mãe de Natascha Kampusch, a jovem austríaca que esteve sequestrada durante oito anos, de conhecer o criminoso e de ter inclusivamente planeado o rapto com o propósito de encobrir alegados abusos sexuais a que submetia a jovem.
De acordo com a «Globo», o juiz Martin Wabl pediu a reabertura do caso de Natascha Kampusch, alegando o suposto envolvimento da progenitora.
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O magistrado assegura ter elementos a atestar que a mãe da jovem conhecia Wolfgang Priklopil, que cometeu o suicídio no dia da fuga de Natascha, há sete meses.
Uma das testemunhas do antigo juiz, Thomas Vogel, cidadão alemão, terá referido à polícia que tem provas dos supostos abusos, como fotos e vídeos de pedofilia com Natascha.
Outra testemunha, o antigo chefe de polícia Max Edelbacher, que participou na primeira fase das investigações, em 1998, referiu na altura que Natascha era infeliz com a família e que teria sido forçada a actos sexuais, numa alusão a fotos invulgares descobertas no álbum de família.
A Justiça austríaca decidiu esta sexta-feira investigar as denúncias, exactamente um dia após Wabl ter entrado com um pedido de reabertura do caso. A decisão de processar, ou não, a suspeita será tomada no prazo de um mês.
Brigitte Sirny e Ludwig Koch, pais de Natascha, negam peremptoriamente qualquer envolvimento no rapto.
Natascha acredita nos pais. Quando foi confrontada com essa possibilidade, logo a seguir ao seu aparecimento, referiu: «A minha mãe disse-me que não tinha qualquer relação com Priklopil. Tenho 100 por cento de certeza de que não estava mentir».
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Nastascha e os pais devem ser chamados a depor nos próximos dias.
Recorde-se que Natascha foi raptada a 2 de Março de 1998, quando se dirigia para a escola, em Viena.
O electricista Wolfgang Priklopil raptou-a e manteve-a em cativeiro numa cave de um casa nos arredores da capital durante oito anos.
Em Agosto do ano passado, a jovem conseguiu escapar de casa e apresentou-se num posto da polícia.
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