Só notícias favoráveis na cimeira da NATO, que se realiza em Lisboa. Esta é, tal como já tinha sido anunciado, uma «cimeira histórica», na voz do secretário-geral da NATO. Depois de definido o «novo conceito estratégico» e definido um prazo de transição para o Afeganistão, ficou também plasmado um retomar das boas relações com a Rússia.
Segundo Anders Fogh Rasmussen, a partir de hoje, com a presença de Medvedev no Parque das Nações, a Aliança e a Rússia ajudaram a «enterrar os fantasmas do passado» e lançaram uma nova fase na sua relação. «Não somos uma ameaça recíproca, pelo que ficou definida uma linha clara entre o passado e o futuro», frisou, admitindo que a partir de agora a relação irá melhorar consideravelmente, o que poderá ajudar a resolver conflitos como o da Georgia.
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Até porque NATO e Rússia sabem que «já não constituem uma ameaça uma para a outra», é possível juntarem esforços no combate ao terrorismo, proliferação de armas de destruição maciça, defesa antimíssil e pirataria.
«Lisboa marca um novo início nas relações entre NATO e Rússia. Uma relação com maior confiança e mais cooperação», resumiu, apontando novos níveis de entendimento, como a defesa antimíssil. Também aqui foi possível encontrar entendimentos.
O secretário-geral remeteu detalhes da cooperação para mais tarde, alegando que «o que foi decidido hoje foi o início de uma análise conjunta» sobre como é que essa cooperação ganhará corpo, pelo que aspectos mais concretos só serão conhecidos «lá mais para a frente». Talvez na reunião de ministros da Defesa da NATO, que se realiza em Junho do próximo ano. De qualquer forma, fica a ideia de que «pela primeira vez na história as nações da NATO e a Rússia» vão cooperar num domínio como este, com «benefícios óbvios para ambas as partes».
Aspectos de pormenor à parte, certo é que a Rússia já sabe que o sistema antimíssil da NATO «não pode ser dirigido contra ela» e se quiser entrar neste sistema ele será ainda mais eficaz.
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