Motoristas de cinco empresas de transportes de Caracas bloquearam esta segunda-feira, durante várias horas, a auto-estrada Valle-Coche, que liga a capital venezuelana aos Estados do Sul e do Oeste do país, para exigir das autoridades mais segurança para os cidadãos.
Os motoristas protestavam pelo assassínio, domingo, do colega Miguel Yépez, por quatro indivíduos que fazendo-se passar por passageiros apanharam o autocarro e depois assaltaram os seus ocupantes.
PUB
Contestavam também o assassínio de Giovanni Gregório Adams, de 45 anos, na localidade de Colinas de Coche (Sul de Caracas), ao opor resistência a um assalto e que, segundo várias fontes, recebeu 33 balas.
O protesto foi organizado pelos motoristas da Cooperativa Colinas de Coche e contou com a solidariedade de profissionais das linhas Resistentes de Coche, Bloque Cochecito, El Estanque e Puerto Escondido.
Os motoristas queixam-se que são assaltados, em média, 15 vezes por dia e que, desde os primeiros dias de Dezembro, foram roubadas as viaturas a cinco motoristas.
Apesar das queixas dos jornalistas de que as autoridades estatais proibiram os funcionários policiais de divulgarem dados sobre assassínios, extra-oficialmente foi possível saber que, nos últimos três dias, 68 pessoas foram assassinadas em Caracas, 22 delas entre a noite de sexta-feira e a manhã de sábado (das 18:00 horas locais de sexta-feira e as 06:00 horas), outras 19 na noite de sábado para domingo e 27 pessoas nas últimas 24 horas.
Entre os assassinados está a caixeira de uma padaria, ferida quando um polícia tentou frustrar um assalto em El Valle, um rapaz que não queria entregar a sua motorizada, em San Bernardino e um oficial da Polícia Metropolitana de Caracas.
PUB