O Presidente da Venezuela aproveitou o Dia da Mulher para apelar às FARC para que libertem Ingrid Betancourt e considerou que o grande derrotado no desanuviamento do Grupo do Rio foi o Governo dos Estados Unidos, escreve a Lusa.
«Envio daqui um pedido a [Manuel] Marulanda», disse Chávez, dirigindo-se ao líder guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. «Envia-nos Ingrid. É a única mulher que resta [como refém] e não há razão para a manter nas florestas da Colômbia».
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Chávez falava tendo a seu lado a mãe da refém franco-colombiana e antiga candidata presidencial, há seis anos nas mãos das FARC, estando gravemente doente, segundo os últimos testemunhos.
Considerado o artífice do desanuviamento diplomático-militar entre Colômbia, de um lado, e Equador, Venezuela e Nicarágua, de outro, Hugo Chávez, no regresso de uma viagem relâmpago a Cuba onde se avistou com Fidel e Raul Castro, considerou que «o grande vencido foi o Governo norte-americano».
Prontos a afrontar EUA
«Demonstrámos ao império norte-americano e aos seus agentes na região que Cuba não é a única pronta a afrontá-los», disse Chávez, à chegada a Caracas.
«Demonstrámos ao mesmo tempo uma coisa muito importante, uma capacidade de nos pormos de acordo perante uma situação de crise que ameaçava deflagrar», acrescentou o líder venezuelano.
Na origem desta crise esteve o raide militar realizado no dia 1 de Março por forças colombianas em território do Equador para matarem o número dois das FARC e cerca de vinte outros guerrilheiros.
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