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Merkel aplaude acordo em Chipre: bancos devem salvar-se a si próprios

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A chanceler alemã aplaudiu esta segunda-feira o acordo alcançado entre a Zona Euro e Chipre, com vista ao resgate financeiro do país. Para Angela Merkel, o modelo encontrado é o correto: aquele em que os bancos se salvam a si próprios e os contribuintes não são chamados a pagar a conta.

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«Estou muito satisfeita que na última noite tenha sido alcançada com sucesso uma solução para Chipre, o que quer dizer que foi evitada a insolvência do país», afirmou.

«Sempre dissemos que não queríamos contribuintes a salvar bancos, mas antes bancos a salvar-se a si próprios. Será esse o caso em Chipre», disse numa nota da chancelaria. «Este é o resultado correto, porque coloca o maior peso da responsabilidade sobre aqueles que causaram os erros. É assim que deve ser».

«Por um lado, os bancos têm de assumir as responsabilidades eles próprios. É o que sempre dissemos. Não queremos que os contribuintes tenham de salvar bancos, mas que os bancos se salvem a eles próprios», adiantou.

Chipre «pode contar com a solidariedade dos outros países europeus. Vamos apoiar Chipre a suportar as suas dificuldades ao longo dos próximos anos», desde que o país cumpra o acordado, sublinhou.

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O plano de resgate acordado entre o Eurogrupo e Chipre prevê a taxação de depósitos superiores a 100 mil euros, com um imposto de 30%O segundo maior banco do país, o Laiki Bank (Popular Bank em inglês), abrirá falência de forma ordenada e será dividido entre um bad bank, entidade residual que desaparecerá progressivamente, e um good bank, onde serão agrupados os depósitos inferiores a 100 mil euros, que beneficiam de uma garantia pública na União Europeia (UE).

O resultado desta medida será reduzir consideravelmente o tamanho do setor bancário cipriota, considerado sobredimensionado face à economia da ilha porque equivale a oito vezes o Produto Interno Bruto (PIB) do país.

O maior banco do país, o Bank of Cyprus, absorverá a prazo os depósitos garantidos e as dívidas do Laiki Bank ao Banco Central Europeu (BCE), que ascendem a cerca de nove mil milhões de euros. Os depositantes do Bank of Cyprus também vão sofrer perdas.

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O resgate prevê também que seja assinado nas próximas semanas um acordo que prevê reformas estruturais, privatizações e um aumento do IRC, que deverá passar de 10% para 12,5%.

Horas antes, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, considerou que o plano de resgate elaborado para Chipre é «equitativo» e deverá «estabilizar a situação do país».

Também o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, congratulou-se com o acordo alcançado, que assegura a permanência do país da zona euro.

Ainda assim, do do lado da Rússia, o primeiro-ministro , Dmitri Medvedev, considerou que é necessário calcular cuidadosamente as consequências da crise em Chipre, frisando que, nesse país, tem lugar «o roubo do roubado».

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