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Fluxos entre Portugal, África e Brasil «são insatisfatórios»

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Teixeira dos Santos diz que panorama está muito aquém de economias com laços fortes

Os fluxos comerciais e de investimentos entre Portugal, África e o Brasil são insatisfatórios, considerou esta segunda-feira o ministro português das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, que considerou ainda o proteccionismo comercial como uma «tentação ilusória».

«O panorama não é satisfatório, muito aquém do que seria de se esperar de duas economias com laços fortes noutros domínios, como cultural, histórico e linguístico», salientou.

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O ministro, que participou da abertura do escritório da Caixa Geral de Depósitos (CGD), afirmou que o investimento directo estrangeiro (IDE) do Brasil representa apenas um por cento do total recebido por Portugal.

No sentido inverso, o IDE de Portugal representa 5% do total recebido pelo Brasil.

«Esse problema não é só entre Portugal e o Brasil, olhando para os Palop`s (países africanos de língua oficial portuguesa) temos uma fraca expressão o fluxo de IDE nas nossas economias», realçou.

A participação de Portugal no IDE total dos Palop`s é de 5%, enquanto os países africanos respondem por apenas 0,1% do investimento estrangeiro no mercado português, afirmou.

«São insuficientes. Temos que incentivar o aprofundamento dessas relações. Esse é um desafio para o sector privado, sendo certo que o sector financeiro tem que dar o apoio fundamental para contribuir para o aumento desses fluxos», salientou o ministro.

Estado tem o seu papel

Teixeira dos Santos defendeu que o estado deve ser o «facilitador nesse domínio», com o apoio de linhas de crédito em momentos de maior incerteza, no esforço de apoio à internacionalização.

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O ministro das Finanças classificou também de «modestos» os fluxos de comércio entre Portugal, Brasil e os Palop.

«Há aqui um esforço de intensificação para ser feito e mais uma vez o sector financeiro pode apoiar e desenvolver essa dinâmica. Para Portugal, Brasil e os Palop's são desafios incontornáveis», disse.

Teixeira dos Santos defendeu a diversificação das exportações portuguesas, com o aumento do número de bens e serviços, e da geografia de seus parceiros comerciais.

«Para além da Europa, Brasil, África, Sudeste da Ásia e China serão áreas onde temos que apostar em ganhar presença», concluiu.

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