Manuela Maria Carrilho tem dúvidas sobre a estratégia do Governo de vender a dívida pública a países como a China ou a Líbia. O comentador da TVI disse, este sábado, no «Jornal Nacional», que a estratégia do Governo é perigosa.
«O que se está a fazer é a assumir a receita do FMI e a procurar os meios que o FMI dá noutro lado. É esta a jogada, a táctica perigosa do Governo neste momento», disse.
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«Jogando com essa diabolização do FMI, ele [Governo] sabe que tem de resolver o problema ¿ nós precisamos de milhares de milhões para financiamento da nossa dívida já no início do ano. Portanto, ele está a assumir internamente a receita do FMI e a tentar ir buscar o dinheiro a outro lado. Eu acho que essa imagem de pedinte no mundo não é muito boa para Portugal. Será que a Líbia é mais credível que o FMI? Não me parece», acrescentou.
«Se Sócrates conseguir dar a volta à Situação sem ajuda do FMI, 2011 será o ano do milagre económico de Sócrates. Mas se não for o ano do milagre de Sócrates, será o ano da bancarrota de Sócrates», aventou.
Manuel Maria Carrilho disse ainda que «o FMI é um remédio muito amargo para pessoas que estão muito doentes. Mas não é muito diferente deste que está nas 50 medidas», referindo-se às medidas apresentadas esta semana pelo Primeiro-ministro.
O comentador da TVI considerou ainda que «Sócrates sabe que a intervenção do FMI põe em causa do Governo e a sua durabilidade».
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