Já fez LIKE no TVI Notícias?

Greve na TAP não é "ponderada, nem justa"

Relacionados

Opinião de Fernando Rosas e Paulo Rangel sobre a greve na TAP no programa «Prova dos 9»

Por sua vez, Paulo Rangel considerou que "se não se injetar capital na TAP não vai ser possível" resolver os problemas que a TAP "já tinha". Os pilotos da TAP e da Portugália começaram esta sexta-feira à meia noite uma greve de dez dias, que deverá afetar cerca de 3.000 voos e 30.000 passageiros, por considerarem que o Governo não está a cumprir dois acordos que lhes davam garantias na privatização.

Fernando Rosas afirmou, esta quinta-feira, no programa «Prova dos 9» da TVI24, que não considera que a greve na TAP seja "ponderada, nem justa".

"Quem conduziu a TAP a esta situação foi a política do Governo e, nomeadamente, a política de privatização. Continuo a pensar que esta privatização é um grande prejuízo para a economia nacional e a perda de uma companhia de bandeira é muito grave para o país. Agora, o problema é que a greve dos pilotos não é uma greve contra a privatização. É uma greve estranha em que os pilotos se instalam na privatização e querem 10 a 20% dos réditos dos negócios e penso que é uma atitude bastante incompreensível", considerou o fundador do BE, acrescentando que "lamenta que não tenha havido possibilidade de reconsiderar".

PUB

"Uma greve destas, uma greve nesta altura - que é altura crucial para a privatização - uma greve que é feita por 10 dias seguidos, é claro que vai agravar de modo muito grande a situação da companhia. Mais, vai não só agravar a situação da companhia TAP, como vai prejudicar imenso o próprio sucesso da privatização", afirmou o eurodeputado do PSD. 

O SPAC acusa o Governo de desrespeitar dois acordos: um assinado em 1999 que conferia aos pilotos uma participação de até 20% na companhia aérea em caso de privatização, em troca de atualização dos salários (que o Governo diz que a pretensão não tem qualquer validade, remetendo para um parecer do conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República); e o acordo de dezembro, que juntou nove sindicatos, mas que o SPAC diz que o Governo não pretende cumprir, o que é manifesto pelo facto de não ter incluído sanções ao incumprimento no caderno de encargos da privatização.

Neste acordo, o mais polémico é a reposição das diuturnidades (subsídio de senioridade), congeladas sucessivamente desde o Orçamento de Estado para 2011.

A TAP estima que a paralisação possa representar perdas diretas de cerca de 70 milhões de euros, já as contas feitas pelo SPAC não ultrapassam os 30 milhões de euros.

A paralisação tem sido muito criticada pelo Governo, que admite que estas perdas dificultem a privatização da empresa (e que represente uma reestruturação da TAP, levando a despedimentos), que tem apelado ao recuo do SPAC.

PUB

Relacionados

Últimas