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Portugal pede à China para agir em Myanmar

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Para terminar com a repressão sangrenta das manifestações no país

A embaixada de Portugal na China apelou junto do governo chinês para que Pequim pressione o governo birmanês a terminar com a repressão sangrenta das manifestações no país, disseram hoje diplomatas europeus na capital chinesa.

«Portugal, enquanto presidente em exercício da União Europeia (UE), fez na sexta-feira diligências junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros na China, dando conta da preocupação da UE pelos acontecimentos na Birmânia», disseram as mesmas fontes à Agência Lusa em Pequim.

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Portugal, Alemanha e Eslovénia, os dois outros países membros da troika comunitária, «pediram à China que faça tudo dentro do possível para influenciar a junta militar no poder a por termo à repressão armada dos protestos pacíficos», segundo as mesmas fontes, que pediram o anonimato devido às regras do serviço diplomático do país que representam.

As diligências formais que Portugal levou a cabo seguem-se aos apelos da UE e dos Estados Unidos para que a China, a Índia e outros outros países da região façam uso de toda a sua influência para acalmar a situação na Birmânia.

Na repressão armada da maior onda de contestação ao regime birmanês nos últimos 20 anos, a junta militar no poder matou já pelo menos 13 pessoas e fez centenas de prisioneiros, causando uma leva de indignação mundial.

A China subiu hoje de tom os apelos à calma na Birmânia, com o próprio primeiro-ministro chinês a apelar à estabilidade no país, a primeira vez que a liderança de topo chinesa comenta o assunto.

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Segundo um comunicado na página do governo chinês na Internet, Wen Jiabao destacou a importância dos «meios pacíficos» para a estabilidade, e da «democracia e desenvolvimento» na Birmânia.

«A China espera que todas as partes envolvidas na Birmânia demonstrem moderação e espera que a estabilidade volte através de meios pacíficos para a promoção da reconciliação nacional e para chegar à democracia e ao desenvolvimento», disse Wen durante um encontro com o primeiro-ministro britânico Gordon Brown, segundo o comunicado.

Na sexta-feira, a comissária europeia para as Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, apelou à China para pressionar a Birmânia.

«Estão a ser feitos esforços para exercer influência e penso que a China tem vindo a trabalhar de forma discreta, mas queremos memo um solução eficiente e imediata, para ter-mos a certeza de que não há mais mortos e feridos», disse a comissária em entrevista a uma rádio alemã.

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