O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã defendeu este sábado que deve ser realizado um concurso público para a concessão da construção da terceira ponte sobre o Tejo e que o Governo deve resgatar contrato de concessão da Lusoponte, noticia a Lusa.
«Estamos preocupados porque no dia seguinte à decisão do novo aeroporto começou logo um fumo de negócios extraordinário e o mais importante é este de entregar à Lusoponte o monopólio absoluto de todas as travessias do Tejo», adiantou aos jornalistas o líder bloquista.
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Segundo Francisco Louçã, a Lusoponte, que é presidida pelo antigo ministro Ferreira do Amaral, não pode ter este monopólio e «é preciso resgatar este contrato e não renegociá-lo para dar mais vantagens à Lusoponte, que é o que o Governo quer fazer».
O líder do BE adiantou que «a Lusoponte só tem esse direito porque lhe foi concedido, por Ferreira do Amaral, quando era ministro, essa possibilidade que é absolutamente ilegal e inaceitável».
Para Louçã, que participou na Faculdade de Letras de Lisboa numa conferência sobre a Alta Tensão, esta «é mais do que uma jogada política».
«Em Portugal tem acontecido muitas vezes um padrão de comportamento que é este em que o PSD pede a presidência da Caixa Geral de Depósitos e o PS entregou-lhe, o ministro quer a presidência da Lusoponte e ele próprio ocupa. Estamos fartos de "jobs for the boys"», sublinhou Francisco Louçã.
«É assim que a Lusoponte se tem tornado um centro de poder e um sorvedor de dinheiro. O relatório do tribunal de contas que fez o balanço deste acordo dizia 250 milhões de euros a mais, 11 anos do prazo de concessão a mais e poder a mais», concluiu o líder o BE.
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