A decisão da construção do novo aeroporto internacional de Lisboa na margem sul do Tejo, assim com de uma nova travessia rodo-ferroviária, entre Chelas e o Barreiro, vai levar o Governo a renegociar o contrato com a Lusoponte, a empresa que detém a concessão das pontes da capital. Já a descida das portagens nestas vias não é um dado adquirido, segundo o ministro das Obras Públicas.
Depois de ter sido escutado pelos deputados sobre a localização do novo aeroporto em Alcochete, Mário Lino confirmou a intenção de o Executivo renegociar os termos do contrato com a Lusoponte quando questionado pelos jornalistas sobre a notícia que fez manchete esta sexta-feira no jornal Correio da Manhã, que dá conta que o Executivo está a equacionar «a descida dos preços das portagens das pontes de travessia do Tejo» e que irá «invocar o interesse nacional nas negociações com a Lusoponte».
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«Como é óbvio isto introduz aqui uma alteração que justifica que se inicie um processo de discussão com a Lusoponte com vista a repensar o contrato», disse Mário Lino, referindo-se ao contrato com empresa que detêm a concessão das pontes Vasco da Gama e 25 de Abril e ao novo cenário de um aeroporto na margem sul.
Descida de portagens é para «decidir depois»
Contudo, sobre uma eventual descida do preços das portagens, o ministro recusou uma confirmação, dizendo que esta é uma questão para «decidir depois» de se «olhar outra vez em conjunto» para o contrato de concessão, uma vez que «há alterações das condições».
Com a localização do novo aeroporto decidida, pelo menos de forma «preliminar», Mário Lino não esclareceu os prazos de um hipotético fim do aeroporto da Portela. A prioridade, para o ministro, é, para já, o «processo» de Alcochete.
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