Já fez LIKE no TVI Notícias?

«Vejo à minha volta gente com vontade de dar a volta a isto»

Relacionados

Alegre não assume candidatura presidencial mas continua a reunir-se com apoiantes

O ex-candidato à Presidência da República Manuel Alegre disse esta sexta-feira, no Entroncamento, que «este é o tempo de uma nova atitude» e de «novas responsabilidades sociais, éticas e políticas», num «combate que vale a pena e que chama por nós».

Num discurso perante cerca de 120 «amigos e apoiantes» e depois de ouvir apelos a que se candidate novamente à Presidência da República, Manuel Alegre não foi mais explícito sobre uma candidatura a Belém e recusou responder aos jornalistas sobre a vontade de liderar esse combate.

PUB

Num discurso de reflexão sobre o estado do país e do Mundo, e o posicionamento das forças de esquerda, Manuel Alegre frisou que «os tempos estão difíceis e podem vir tempos piores», que «exigem coragem, verdade e imaginação».

Manuel Alegre sublinhou que «este é o tempo de repor o primado da política e da solidariedade sobre os egoísmos e os grandes interesses. Este é o tempo de uma nova atitude, um novo sentido da responsabilidade e de novas respostas sociais, éticas e políticas» para que «o agravamento da crise, o aumento do desemprego, das desigualdades e das tensões sociais não venha a afectar-nos a todos e a suscitar a questão da própria legitimidade do sistema político».

Para Manuel Alegre, «o que hoje se pede aos políticos não é que se refugiem no silêncio nem em habilidades tácticas ou querelas artificiais», pois, «para além das diferenças, há um objectivo que deve unir todos os portugueses», Portugal.

«Poder dos cidadãos»

O jantar de hoje no Entroncamento, anunciado na sítio do Movimento de Intervenção e Cidadania (MIC), que esteve na origem da candidatura de Manuel Alegre às presidenciais de 2006, juntou «amigos e apoiantes» desse combate, a exemplo do que aconteceu há cerca de uma semana em Braga, onde recordou a «experiência fantástica» que foi o movimento de cidadania gerado em torno da sua candidatura.

PUB

Hoje, Manuel Alegre assegurou que vê à sua volta «gente com vontade de dar a volta a isto», acreditando que a força de Portugal «vem do poder dos cidadãos».

Alegre questionou as esquerdas portuguesas sobre se, «para além das diferenças dos seus projectos», serão «capazes de fazer um esforço para encontrarem um denominador comum à volta das questões essenciais como as políticas públicas» e conseguirem de novo «descobrir novos caminhos que dêem outro sentido à democracia e outra esperança aos portugueses».

«É bom que se discuta o que merece ser discutido»

Numa referência à Assembleia da República, Manuel Alegre disse que as «discussões fortes» no Parlamento são próprias de Democracia mas, frisou, «na situação actual é bom que se discuta o que merece ser discutido».

Manuel Alegre iniciou o seu discurso reafirmando a sua condição de militante socialista e de homem de esquerda «mas acima de tudo um português preocupado com a sua pátria».

«A sociedade portuguesa está dividida e crispada. A desconfiança e a descrença imperam. A maledicência, a suspeita e o insulto substituíram o debate de ideias e projectos. Deixou de haver um sentimento de esperança, um golpe-de-asa, um desígnio maior que una e crie harmonia entre os portugueses», começou por afirmar.

PUB

Relacionados

Últimas