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Fernando Nobre: «Sou apartidário, mas não sou apolítico»

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Presidente da AMI justifica candidatura com «imperativo moral, de consciência e de cidadania»

Actualizado às 22h18

«Candidato-me por um imperativo moral, de consciência e de cidadania». Foi com estas palavras que Fernando Nobre iniciou o discurso de apresentação da sua candidatura às eleições presidenciais.

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Faltavam dois minutos para as 20h00, quando o presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), entrou no pequeno auditório do Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, que foi realmente pequeno para acolher apoiantes e jornalistas.

Na assistência muitos rostos conhecidos do público. Rui Veloso, Vitorino, Luís Represas, Carlos Mendes, Fernando Pereira, o juiz Rui Rangel e Rui Moreira, presidente Associação Comercial do Porto, são alguns exemplos.

«Portugal precisa de um Presidente que venha verdadeiramente da sociedade civil, que seja independente, que nada precise da política e que conheça bem o país e o mundo», continuou Fernando Nobre no seu discurso.

«Contra o sufoco partidário»

Não contra os partidos, mas «contra o sufoco partidário da vida pública» foi outra das ideias defendidas por Fernando Nobre que se definiu como «apartidário, mas não apolítico».

E é por acreditar que «um homem livre e independente pode servir e melhorar o país nesta altura difícil» que resolveu entrar na corrida a Belém. Mas Fernando Nobre disse ainda que não via a vida política como «um saco de gatos» e que «não pediu, nem pedirá nenhum apoio que não seja o dos cidadãos que se identifiquem com o seu projecto».

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Considerou mesmo a sua candidatura servirá os que se «desiludiram com a política, acreditam que esta não se esgota nos políticos» e «não tiveram voz até agora».

Mais do que «direita, esquerda ou centro», o presidente da AMI defendeu que o seu espaço político é o «da liberdade, justiça, ética, solidariedade e transparência».

A que se propõe

Da visão que tem do mandato presidencial, Fernando Nobre, propõe-se na defesa de quatro pontos: Lutar, promover e incentivar a regeneração ética da vida política do país; apoiar e incentivar todos os esforços do Governo e sociedade civil no caminho da justiça social; defender a soberania nacional num sentido amplo e concreto e, por fim, não pactuar com a situação trágica da justiça e Portugal».

E a escolha do local para apresentar a sua candidatura, o Padrão dos Descobrimentos, enquadrou-se nas suas palavras quando lembrou «as enormes potencialidades» do país e descreveu os portugueses como «um povo ímpar, que foi dos poucos que marcou indelevelmente a História da humanidade».

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O candidato disse estar consciente que «esta será uma batalha difícil, talvez até invencível, mas não será inútil: a marca contra a indiferença sempre foi e será a sua marca individual».

Em seguida convidou os presentes no pequeno auditório do monumento a «olhar para o futuro, destemidos e a trabalhar com perseverança e afinco para vencer os novos adamastores» (...) e «transformar os actuais "cabos das tormentas" em novos "cabos da boa esperança"».

«Posição da sociedade civil»

No final da apresentação, Rui Veloso considerou que a candidatura de Fernando Nobre era «uma posição da sociedade civil ou, pelo menos, de uma parte» e que «já é hora» desta tomar posições.

Para Catalina Pestana, ex-provedora da Casa Pia são a «vida, a forma de lidar com situações altamente complexas, muito mais comlexas do que gerir um país à beira mar plantado, e a sua experiência de vida» que a levam a apoiar o presidente da AMI e «se ele quiser» a trabalhar a tempo inteiro na campanha.

A ex-provedora lembrou ainda a elevada taxa de abstenção nas eleições em Portugal e considerou que se quem não vota perceber «que alguma coisa de de novo está a passar por aqui, ele tem todas as condições de chegar a uma segunda volta».

Já o presidente da Associação Comercial do Porto, Rui Moreira justificou a sua presença de forma simples: «Quando quero dizer aos meus filhos quem é o melhor português que conheço, normalmente, digo que é o Fernando Nobre».

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