A caravana socialista estacionou em cinco paragens este sábado. Uma mão cheia também foram os acenos que o líder António Costa fez a diferentes franjas do eleitorado, em busca de mais votos. Aos socialistas de sempre, juntam-se os apelos ao centro, à esquerda e "às senhoras cor-de-rosa deste país".
O sol raiava com intensidade a trazer de volta o verão, pelas 10:00, em Alvalade e ainda havia um dia com três comícios e dois contactos com a população pela frente. A caravana do PS partiu da Avenida da Igreja, depois Queluz, almoço-comício em Odivelas, comício em Évora, outro em Portalegre, a fechar.
À chegada de Costa, sempre o mesmo poema "É Impossível que o Tempo Actual não Seja o Amanhecer doutra Era", a par dos slogans socialistas.
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A "cruzinha" da senhora cor-de-rosacomo a senhora-cor-de-rosaOdivelas: "Para que haja estabilidade, é necessário não ganhar por poucochinho. Como já disse uma vez, quem ganha por poucochinho, faz poucocinho. Precisamos de uma vitória clara ,inequívoca, para que não fiquemos dependentes da direita"
Évora: "Uma maioria absoluta. Evitemos discussões que são absolutamente inuteis, é dar ao PS mais votos e mais deputados".
Portalegre: "Não, vamos lá ser claros: aquilo que conta é ganharmos porque temos mais votos, ganharmos porque temos mais deputados e esse tem de ser o nosso objetivo"
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"Não os vi preocupados com a estabilidade". E outra vez a senhora de cor-de-rosa: "É altura de cada um ser cada a senhora mais conhecida do país, a senhora de cor-de-rosa e dizer ao atual primeiro ministro o que quer para o país. O que todas as senhroas, vestidas de cor-de-rosa, de laranja, de preto me dizem é só uma coisa: corram com eles, é altura de fazer uma mudança".
"A razão pela qual hoje estamos todos aqui é porque a coligação de direita se radicalizou de tal forma que alienou todos aqueles que hoje não se reveem mais no CDS e no PSD que hoje não estão lá"
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Acenos também, portanto, à esquerda. Costa pegou na deixa do cabeça de lista por Évora Capoulas Santos, a esse propósito e reforçou:
"Aqueles que coração sempre bateu à esquerda, não se enganem qual é o adversário principal. Como disse o Capoulas, o nosso adversário é a direita".
Foi também por ali que esteve com jovens e imigrantes do Movimento Lusofonia, com quem tirou uma foto. Já tinha igualmente dado "a mãozinha", como o próprio referiu, aos mais velhos. E mais velhas, as reformadas cor-de-rosa. Garantiu-lhes que "não há nem haverá corte de pensões" e prometeu devolvê-las "na sua integridade".
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A caravana arrancou hoje com a imprensa em peso, figuras do PS como Ferro Rodrigues, Isabel Moreira e Capoulas Santos, a Juventude Socialista. A máquina do partido e os chapéus de papel, trompetes, bombos e bandeiras. O emprego foi sendo sempre elencado como prioridade, "a causa das causas".
Entre as centenas de pessoas, houve quem fosse apanhado na curva por uma arruada com a qual não se identificada. Primeiras palavras ouvidas quando a nossa reportagem chegou a Queluz: "Isto é uma fantochada". Antes, em Alvalade, ficou gravada a acusação de uma mulher: "O seu partido devia estar todo na cadeia pela forma como deixou o país".
Entre os mais fervorosos, encontrámos quem vote PS desde 1974. Caso de Júlia Maranha. Porquê? "Não vendem o país, dão as reformas, tem uma maneira de estar diferente. E Sócrates, puseram-no na cadeia porque tinham medo dele".
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No meio termo, os que apoiam e até erguem bandeiras e passeiam de autocolante socialista ao peito, mas entendem que a vitória não está no papo: "Ganhar por 100 votos não dá. Está em estado de necessidade. Tem de ganhar", disse um homem na casa dos 40 anos. Costa chegou mesmo a ser confrontado com uma conhecida com uma manchete de jornal a dar conta das sondagens e desvalorizou, confiando que os resultados jogarão a seu favor.
Foi, de resto, o que pediu o dia todo. Votos, "mais votos". Quantos mais, "mais deputados".
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