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Costa: Juncker compreende melhor o que aconteceu do que Passos

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Secretário-geral do PS considera que Governo é «insensível ao drama social» que o país não via desde o «fim da ditadura»

O secretário-geral do PS acrescentou ainda, em declarações aos jornalistas em Oliveira de Azeméis que «nestes anos mais de 300 mil portugueses tiveram de abandonar as suas terras e as suas famílias para ir procurar de novo emprego e uma vida melhor lá fora». Quanto às comparações de Portugal com a Grécia ou a recusa das mesmas, o líder do PS considera que não há um problema grego, mas um problema europeu que se manifestou na Grécia, que tem de ter uma solução com uma nova política europeia.

O líder do PS disse esta sexta-feira estar chocado por o presidente da Comissão Europeia compreender melhor o que aconteceu a Portugal e aos portugueses do que o primeiro-ministro, quando considera que a dignidade do país não esteve em causa.

«Fico chocado ao verificar que o presidente da Comissão Europeia compreende melhor o que aconteceu em Portugal do que o primeiro-ministro e fico preocupado em verificar que o Governo é absolutamente insensível ao drama social que tem resultado do aumento da pobreza, do aumento do desemprego, de termos regressado a um ciclo de emigração como não vivíamos desde o fim da ditadura.»

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Após uma visita à empresa Proleite, António Costa considerou ser «inaceitável e muito preocupante verificar como o Governo português aceita ser apresentado como o exemplo de uma política que falhou em toda a Europa».

Na quarta-feira, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker afirmou que a troika «pecou contra a dignidade» de portugueses, gregos e também irlandeses. Já esta sexta-feira, Pedro Passos Coelho defendeu que a dignidade de Portugal e dos portugueses nunca esteve em causa durante o processo de ajustamento, apesar de fazer um «balanço crítico do funcionamento institucional da troika».

«Se compararmos os resultados económicos da Europa nestes anos com os dos Estados Unidos, temos bem a demonstração de como esta política foi errada. Creio que todos nós ficámos envergonhados a ver sermos apresentados como um modelo de sucesso de uma política cujo resultado foi pobreza, estagnação, desemprego e aumento da dívida porque convém não ignorar que o objetivo principal desta política era reduzir a dívida e hoje temos um peso da dívida superior no produto e em termos absolutos», reforçou, por seu lado o secretário-geral socialista.

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Para António Costa, com as palavras que proferiu sobre a intervenção da troika e o seu efeito na dignidade dos Estados, «o presidente Junker veio dizer que chegou o momento de dizer basta e de mudar a política na Europa». 

«Para isso é fundamental não só que a comissão e a maioria dos deputados no parlamento Europeu o queira fazer, mas também que a maioria dos governos nacionais o queiram fazer. Por isso a mudança em Portugal é também necessária para ajudar a que exista uma mudança na Europa.»

«Não podemos entrar no concurso pelo martírio. Temos de entrar num concurso pela recuperação da dignidade, da prosperidade e do crescimento. É essencial que essa política seja alterada e temos uma grande oportunidade com o novo ciclo comunitário e era decisivo que o governo português alinhasse com os governos que querem inverter esta política europeia.»

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