Miguel Portas sublinhou, esta terça-feira, que «há uma outra crise para além desta, que vem do futuro, mas já está cá, que é a crise da sustentabilidade ambiental». O cabeça-de-lista do BE justificou assim a visita a dois centros de tratamento de resíduos industriais perigosos, no EcoParque do Relvão, na Chamusca.
«Quisemos visitá-los quatro dias depois do Governo ter aprovado um desconto de 84 por cento nas multas dos produtores de resíduos industriais perigosos. Significa que este Governo dá-nos com uma mão e tira-nos com a outra», afirmou.
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A redução das multas ambientais não deixou satisfeito o bloquista, que visou aquele que considera ser o culpado: «É espantoso como um primeiro-ministro que já foi ministro do Ambiente é capaz de falar muito de ambiente e depois ao mesmo tempo justificar-se com a crise para baixar os níveis de exigência ambiental.»
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Durante a visita à CIRVER-SISAV, Miguel Portas, «equipado» a preceito com um capacete e um colete de segurança, considerou esta medida uma «regressão inaceitável». «Ainda por cima quando há uma redução na produção industrial e em que se pode tornar rentável para o empresário pagar a multa em vez de colocar os resíduos nestas unidades», criticou.
O cabeça-de-lista do BE elogiou os centros de tratamento do EcoParque, garantindo que «são melhores, do ponto de vista ambiental, que a co-incineração».
A campanha eleitoral bloquista prossegue esta noite com um jantar em Tomar.
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