O encontro entre os quatro partidos da linha da frente da corrida às europeias estava marcado para esta tarde, na tradicional rua de Santa Catarina, no Porto. No entanto, à última da hora, o Bloco de Esquerda decidiu trocar a agenda e a caravana dirigiu-se para a rua de Cedofeita.
«Nós procuramos difundir a nossa mensagem e ouvir as pessoas. Qualquer intenção de manter a arruada nessas condições seria contribuir para um circo, um enorme espectáculo. Não queremos fazer figuras tristes para as televisões», explicou Miguel Portas, que não aceitou a tese de «fuga», até porque, segundo o próprio, até cumprimentaria os adversários.
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O cabeça-de-lista considerou que tanto PS, como PSD, como a CDU, não prestaram «uma boa imagem para quem tem de trabalhar contra a abstenção». «As pessoas foram quase assediadas com uma campanha atrás da outra», acrescentou.
Antes, Miguel Portas deslocou-se à estação de metro da Senhora da Hora, em Matosinhos, para reunir com os trabalhadores da Transdev, fechando «um ciclo de visitas aos diferentes meios de transporte».
«Vimos aqui mais um exemplo positivo de trabalhadores jovens e sindicalizados que negociaram um acordo colectivo de trabalho, conseguindo pôr fim aos contratos a prazo. Continuam com vários problemas, nomeadamente na classificação profissional, mas a sua unidade permitiu-lhes lutar pelos seus direitos», afirmou.
O novo outdoor do PS, onde se pode ler «O PS combate a crise, os outros combatem o PS», foi referido pelo bloquista, que considerou este um exemplo da «máxima demagogia» e «uma enorme falsidade».
Esta quinta-feira, a campanha do BE termina com um comício no Porto e amanhã o dia será passado no distrito de Braga, numa aposta clara nos eleitores nortenhos. «Sentimos que o BE a Norte tem tido uma evidente simpatia popular», justificou Miguel Portas.
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