O Bloco de Esquerda mobilizou o seu líder, Francisco Louçã, os três primeiros nomes da lista às europeias, Miguel Portas, Marisa Matias e Rui Tavares e ainda o mandatário da campanha, Fernando Nobre, para uma visita ao Centro Comunitário S. José, em Coimbra.
Este centro ajuda cerca de 3.500 pessoas dos bairros da Rosa e do Ingote, principalmente através do Rendimento Social de Inserção e de ajuda alimentar e tem ainda um ATL e uma equipa do Instituto da Droga e da Toxicodependência.
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Europeias: faça perguntas aos candidatos do BE
Durante a conversa com os jornalistas, Miguel Portas fez questão de destacar as más políticas de imigração da União Europeia, que potenciam a criação destes bairros sociais problemáticos.
A UE, em matéria de imigração, tem tido uma atitude desgraçada. A UE só trata de expulsar e repatriar. E deixa a cada Estado o papel de decidir quem deixa entrar. Temos uma política de expulsão, sem ter uma política de integração», disse.
Para o bloquista, é necessário «dar resposta a esta situação com políticas emprego», explicando aos portugueses que «os imigrantes não lhes tiram o emprego», «tal como um português que vai para fora também não tira o emprego a um francês ou a um holandês».
«PS e PSD têm feito tudo para que as pessoas não vão votar»
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Em relação ao papel destes centros em bairros problemáticos, Miguel Portas confirmou que «existem programas de apoio, mas são programas orçamentalmente marginais». «A Europa foi construída com base nos mercados, falta-lhe o pilar social e o urbano. É necessário chamar a atenção dos poderes públicos para os problemas destes bairros e valorizar os trabalhos de prevenção e intervenção que já são feitos», apontou.
Já Fernando Nobre, mandatário da campanha, destacou a «vergonha» que os portugueses sentem pela exclusão vigente nestes bairros «potencialmente explosivos». «São uma espécie de guetos, daí que sejam muito importantes estas instituições sociais, os ATL e os centros desportivos, para que sobretudo os jovens possam perspectivar o futuro com alguma esperança», afirmou o presidente da AMI.
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