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«Governo é mais papista que o Papa»

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Miguel Portas ouviu queixas dos pescadores de Sesimbra

Miguel Portas não chegou a tempo de ver os pescadores de Sesimbra a regressarem do mar, esta quinta-feira, mas ainda conseguiu ouvir as suas queixas. Quase como um jornalista, o cabeça-de-lista do BE esteve sempre munido de um caderno, onde tirou várias notas, talvez para usar mais tarde, no Parlamento Europeu.

Em visita à Artesanal Pesca, que considerou uma excepção neste assunto, o bloquista criticou o Governo em matéria de pescas. «O Governo é mais papista que o Papa, ou seja, face a Espanha, que tem indústria pesqueira muito mais forte, mas fecha os olhos na fiscalização, o Governo quer ser bom aluno e prejudica os pescadores e produtores portugueses. Tanto quanto se sabe, Zapatero e Sócrates têm excelentes relações, por isso podiam começar a discutir isto», disse aos jornalistas.

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O candidato às europeias deixou vários elogios a esta corporativa de 20 armadores e 40 trabalhadores, que serve indirectamente quase 300 pescadores. «Aqui garantem o preço certo a quem pesca e acrescentam valor ao peixe que é pescado, porque eliminam os intermediários. E ainda garantem salários mais elevados aos pescadores», enumerou.

O principal problema, para Miguel Portas, é que a Europa é má pagadora: «Quando há períodos de defeso do recurso, é indispensável garantir as compensações que são prometidas. No caso da sardinha e do carapau, foram prometidos há três ou quatro meses entre 450 e 600 euros e os pescadores ainda não receberam.»

O Tratado de Lisboa não foi esquecido, com o bloquista a criticar o «monopólio de Bruxelas» na gestão das águas portuguesas, aceite pelo Governo «ao abrigo do tratado». Miguel Portas acrescentou ainda que é necessário construir novas embarcações, em vez de modernizar a frota, e declarou-se contra a quota 0 de tubarão, que entrará em vigor no próximo ano, uma vez que este animal come a pesca.

«A minha mensagem ao vir à ArtesenalPesca é a seguinte: quando os produtores se juntam, são capazes não de lutar entre si, mas de afirmar a sua força. Nas oito organizações de produtores que há em Portugal, só esta funciona assim e não devia ser assim», concluiu.

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