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«Miguel Portas, não vai comprar nada para atenuar a crise?»

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E ao terceiro dia... Miguel Portas foi à feira. Em Famalicão, houve pedidos de ajuda e gritos de encorajamento, mas também houve uma voz discordante, logo à entrada do recinto.

«Está a ser um pouco agressivo. Devia explicar o que é o Parlamento Europeu e não atacar os outros. O país está mal e os partidos deviam estar todos unidos. Para vocês, na oposição, é mais fácil darem tudo porque não estão lá», disse uma mulher à qual Miguel Portas respondeu que não estava «a atacar ninguém», mas sim «a pedir responsabilidades sobre a crise».

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Mais tarde, aos jornalistas, o bloquista acusou a «militante do PS» de estar «preparada para receber um candidato». «Não temos qualquer tipo de receio no contacto com a população. No geral foi uma recepção de simpatia e concordância com a nossa proposta de justiça na economia», afirmou.

Sempre acompanhado de Marisa Matias, a número dois da lista, Miguel Portas ouviu um pouco de tudo. Entre gritos de «quero emprego!» ou «vamos mudar isto!», houve até lugar a um pedido original: «Então senhor Miguel Portas, não vai comprar nada para atenuar a crise?»

Não comprou, mas provou fruta de uma feirante «especialista» em crise: «É preciso dar dinheiro aos nossos clientes para eles nos comprarem». «Acabou de dizer o que todos os economistas sabem, mas os políticos pelos vistos não», retorquiu o bloquista.

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Um pouco à frente, outra feirante gritava a plenos pulmões: «É este senhor que nos vai tirar da crise!», chamando a atenção de Miguel Portas, que acorreu à sua banca. «Pague-me bem o dia que eu vou já consigo», brincou a vendedora.

Muitos sussurravam aos jornalistas as suas opiniões: «Gosto mais deste do que do irmão». «As situações pouco agradáveis de comparação entre irmãos já existiram noutras eleições, mas hoje em dia eu creio que as pessoas identificam claramente quem é o Portas da esquerda e o Portas da direita. Sobre isso acho que não há grandes dúvidas, o problema é com outros candidatos: quem é que reconhece Vital Moreira?», perguntou Miguel Portas.

O cabeça-de-lista do BE aproveitou para continuar a criticar o imposto europeu defendido pelo socialista. «Foi uma proposta trapalhona. Já sabemos que quando o PS promete uma coisa é muito pouco provável que a cumpra, mas quando o PS nem sequer clarifica o que vai querer fazer depois da eleição então é mesmo de recear o pior», referiu, acrescentando que Vital Moreira defende uma «política de aumento de impostos em Portugal»: «Porque não estão a ver o ministro Teixeira dos Santos a prescindir dos seus impostos para os enviar para a Europa.»

Em relação às declarações de Vital Moreira sobre o facto de BE e PCP estarem no mesmo grupo do Parlamento Europeu, Portas voltou a atacar o cabeça-de-lista adversário. «Vital Moreira devia preocupar-se mais em estar a discutir com o PSD mas depois lá [no Parlamento Europeu] o PSE e o PPE votarem da mesma maneira. BE e PCP têm uma preocupação social comum, mas propostas diferentes», reagiu.

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