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OE2011: Cavaco apela a «repartição justa dos sacrifícios»

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Presidente da República considera também essencial explicar aos portugueses as medidas propostas

O Presidente da República defendeu esta quarta-feira que a preocupação dominante no debate na especialidade do orçamento para 2011 deverá ser a «repartição justa dos sacrifícios», insistindo na necessidade de se explicar aos portugueses as medidas propostas, escreve a Lusa.

Questionado se estava satisfeito com a aprovação na generalidade do Orçamento do Estado para 2011, o chefe de Estado lembrou que o debate parlamentar sobre o documento «ainda não acabou» e que irá agora começar a discussão na especialidade da proposta do Governo, apontando a «repartição justa dos sacrifícios» como aquela que deve ser a preocupação dominante.

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«Todos esperamos que a preocupação dominante esteja na repartição justa dos sacrifícios que são pedidos aos portugueses», defendeu o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas à saída da inauguração das obras de reabilitação do edifício da Sociedade de Belas Artes, em Lisboa.

Por outro lado, acrescentou, deve ser feito um esforço para explicar aos portugueses a razão dos sacrifícios que lhes são pedidos e dizer quais são os objectivos e quais são as finalidades que se pretendem alcançar.

«É bom que os portugueses percebam a razão dos sacrifícios que lhes estão a ser pedidos», sublinhou.

Surpresa pelo «tom crispado»

O ainda Presidente da República lembrou ainda já ter manifestado a sua surpresa em relação ao «tom de crispação» dos debates parlamentares, mas escusou-se a falar sobre o que é publicado na página do Facebook da sua candidatura a Belém.

Interrogado sobre aquilo que publicou na terça-feira à noite na página do Facebook da sua candidatura, defendendo que a actuação do Presidente da República «não pode contribuir para o espetáculo público de cinismo ou de agressividade», Cavaco Silva começou por não querer fazer qualquer comentário, alegando estar numa cerimónia enquanto chefe de Estado.

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«Estou aqui na qualidade de Presidente da República e, por isso, não faço qualquer comentário sobre campanha eleitoral. Eu sei muito bem separar as duas funções, a função de Presidente da República e a função como candidato», afirmou Cavaco Silva.

Questionado, então, se enquanto Presidente da República censura os termos em que o debate do Orçamento do Estado para 2011 decorreu, Cavaco Silva recordou o que disse numa entrevista ao semanário «Expresso» publicada há cerca de duas semanas.

«Eu aconselhava a quem quisesse ler aquilo que eu disse numa entrevista que dei a um semanário há muito pouco tempo, em que afirmei que me surpreendia o tom de crispação dos debates na Assembleia da República e depois sublinhava que o país precisa de serenidade no debate e que os políticos deviam dar o exemplo», recordou.

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