O deputado do CDS-PP Nuno Melo disse que os populares vão exigir a presença do presidente do Eurojust, Lopes da Mota, no Parlamento, depois de este ter sido alvo de um processo disciplinar, devido a supostas pressões sobre os magistrados que investigam o caso Freeport. Veja aqui as declarações de Nuno Melo
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O cabeça de lista dos centristas às eleições europeias defendeu que Lopes da Mota não tem condições para continuar no cargo que ocupa, sustentando a sua posição com a manchete deste sábado do semanário «Sol» que refere que o magistrado admite ter invocado o nome do ministro da Justiça, Alberto Costa, quando falou com os dois magistrados do Freeport.
«O país ficou hoje a saber que o Dr. Lopes da Mota reconheceu ter usado o nome do ministro da Justiça para tentar influenciar o resultado de uma investigação criminal em curso», apontou Nuno Melo, segundo citações recolhidas pela agência Lusa, em Estremoz.
«Governo não fez, nem faz pressões»
O deputado do CDS disse que é «incompreensível» que Lopes da Mota se mantenha em funções e que Alberto Costa, «sabendo que o seu nome foi indevidamente utilizado, em primeiro lugar não se indigne, em segundo lugar não exija responsabilidades, e em terceiro lugar não assuma ele próprio as responsabilidades».
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Cândida Almeida não se demitia
Se para Nuno Melo as alegadas pressões do presidente do Eurojust sobre os dois magistrados que investigam o caso Freeport não têm outra saída senão a demissão, já a directora do Departamento Centra de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Cândida Almeida, não vê razões para tal. Veja aqui as declarações da responsável
A margem de um colóquio em Lisboa, a responsável disse que se estivesse no lugar de Lopes da Mota, provavelmente não se demitiria, realçando que o princípio de presunção de inocência se aplica a toda a gente.
Bloco apoia iniciativa do CDS-PP
O Bloco de Esquerda também já veio apoiar a iniciativa do CDS-PP em chamar o magistrado ao Parlamento para prestar esclarecimentos, afirmando que se «justifica» a presença no Parlamento do presidente do Eurojust.
Em conferência de imprensa, em Lisboa, Miguel Portas, disse pensar que se «justifica a audição» a Lopes da Mota.
Actualizada à 19h30
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