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Professores: Portas vai questionar Sócrates

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Sobre o processo de avaliação dos docentes nas escolas

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, anunciou este domingo que vai questionar o primeiro-ministro sobre o processo de avaliação dos professores que, considera, obriga os docentes a atribuir notas altas para salvaguardarem a progressão na carreira, escreve a Lusa.

«O senhor primeiro-ministro imagine que é professor, tem uma turma de 30 alunos, uma parte não sabe a matéria e não tem conhecimentos para passar. O que é que faz o senhor primeiro-ministro? Dá notas artificialmente ou defende a verdade escolar e pode ficar prejudicado», questionou Paulo Portas, em conferência de imprensa na sede do CDS-PP.

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O presidente dos democratas-cristãos disse que vai confrontar o primeiro-ministro, José Sócrates, com este «dilema de consciência» dos docentes, no Parlamento, durante o debate quinzenal, na próxima quarta-feira.

«Se ele não puder dar uma resposta honesta a este dilema, então que anuncie que este processo tem de ser revisto», disse Paulo Portas, que sublinhou que o CDS foi o primeiro partido a pedir a suspensão do diploma de avaliação dos professores.

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Paulo Portas, que reuniu sábado à noite com professores militantes do CDS, sublinhou que «na ficha de avaliação dos professores há 14 critérios e sete têm a ver com as notas que dão aos alunos».

Notas de alunos?

«Não é aceitável um sistema em que o professor sobe ou fica prejudicado na sua carreira conforme as notas que dá aos alunos. Isto gera uma enorme perversidade», argumentou.

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O líder do CDS-PP avançou um exemplo: «Nos meios económicos e socialmente mais deprimidos, em que as estatísticas das escolas são inferiores à média, um professor é prejudicado por estar a dar aulas naquela escola e não noutra?». E prosseguiu: «Os professores não estão nas escolas para cumprir os objectivos estatísticos do Governo», afirmou, acrescentando que este processo de avaliação «nada tem a ver com a verdade escolar».

Inflacção de notas

Para Paulo Portas, este processo «gerará uma inflação das notas para que os professores possam defender a progressão na sua carreira».

«É possível que o sucesso estatístico aumente e o abandono diminua, mas não faz da escola uma escola melhor e sobretudo não tem nada a ver com o conhecimento dos estudantes», acrescentou.

O líder democrata-cristão estabeleceu ainda uma relação entre este processo de avaliação e o estatuto do aluno que também contestou, alegando que põe em causa a assiduidade dos estudantes.

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