Já fez LIKE no TVI Notícias?

«Não tenho uma resposta para jornalistas e outra para deputados»

Relacionados

Passos Coelho admite mais austeridade no futuro, mas garante que ainda não vê essa necessidade

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, frisou hoje que tomará todas as medidas que forem necessárias para atingir os objetivos do memorando e que manterá sempre essa posição, afirmando contudo que «neste momento não vê necessidade» de mais austeridade.

«Eu não tenho uma resposta para jornalistas e outra para deputados, de cada vez que quiserem fazer uma primeira página a dizer que o Governo não descarta a hipótese de adotar novas medidas basta fazerem a mesma pergunta, todos os dias, todas as semanas, todos meses», afirmou o chefe do Governo.

PUB

Durante o debate da moção de censura do PCP, e depois de ter sido sistematicamente questionado pelas bancadas da oposição sobre se tenciona aplicar novas medidas, Passos respondeu: «Na medida em que consigamos atingir as metas traçadas não vemos nenhuma necessidade nem de penalizar mais os portugueses, nem de prolongar mais um programa que pode ser cumprido nos termos em que está».

No entanto, se «para atingir os objetivos» for preciso «adotar outras medidas, de austeridade ou outras», o Governo «não deixará de o fazer», assegurou.

«Se isso for necessário assim o farei», acentuou Passos Coelho, notando que essa é uma eventualidade que «nenhum primeiro-ministro responsável» pode rejeitar, mas insistindo que «o Governo não vê neste momento necessidade de anunciar novas medidas de austeridade».

Numa resposta ao líder parlamentar do BE, Luís Fazenda, o primeiro-ministro voltou a rejeitar a proposta de «deitar ao lixo» o memorando e reestruturar a dívida e antecipou que haverá alguns pontos do acordo que poderão vir a ser alterados, na medida em que o Governo se «empenhar em executá-lo e que os nosso credores confiem».

PUB

«Cumprindo o memorando, Portugal reganhará condições de segurança e confiança para a recuperação económica», advogou.

Passos quis responder ainda aos que fazem «descrições da crise», porque «o Governo nunca ocultou as dificuldades» que o país está a viver e tem «uma estratégia» para lhe responder.

«Não vale a pena utilizar o tempo a falar do desemprego, das casas que são perdidas, nós [Governo] temos uma noção muito real das consequências que esta crise arrasta», afirmou, numa resposta mais irritada aos deputados da oposição.

PUB

Relacionados

Últimas