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Lisboa: auditoria externa às contas da Câmara

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Valor positivo de 72,1 milhões de euros passou para um valor negativo de 123,9 milhões de euros

A Câmara de Lisboa vai fazer uma auditoria externa às suas contas de 2007, cujo relatório de gestão foi aprovado esta quarta-feira em reunião do executivo, anunciou a vereadora dos Cidadãos por Lisboa, Helena Roseta, noticia a agência Lusa.

Na reunião, os vereadores do movimento Cidadãos por Lisboa propuseram a realização da auditoria e o executivo acabou por concordar que tem de ser feita, uma vez que a lei a isso obriga.

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Helena Roseta referiu que em 2007 houve «três gestões diferentes», referindo-se à primeira metade do ano, sob a presidência de Carmona Rodrigues, a gestão transitória antes das eleições intercalares de Julho e a presidência de António Costa (PS).

A vereadora referiu que o esforço de saneamento financeiro levado a cabo pelo actual executivo «não está a correr bem», notando que o valor positivo de 72,1 milhões de euros em 2006 passou para um valor negativo de 123,9 milhões de euros, o que em grande parte foi motivado pelo aumento das provisões do exercício, que passaram de 33,4 milhões de euros em 2006 para 186,8 milhões nas contas de 2007.

Aumento da carga fiscal sobre os lisboetas

O vereador social-democrata Salter Cid frisou que as receitas com taxas e impostos municipais aumentaram de 2006 para 2007: o Imposto Municipal sobre Imóveis aumentou 13 por cento, o Imposto Municipal de Transacções 20 por cento e as taxas de esgotos trinta por cento.

«Preocupa-nos muito o aumento da carga fiscal sobre os lisboetas», disse alertando que, assim, a competitividade do município está a diminuir.

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Para o PCP, que votou contra o relatório de gestão, «ninguém assume responsabilidades pela situação da Câmara», lamentou o vereador Ruben de Carvalho.

O vereador comunista referiu que «apesar de todos os pagamentos, a dívida a terceiros aumentou 54 milhões de euros em relação a 2006» e que o relatório «prova que as críticas do PCP ao Plano de Saneamento Financeiro se justificavam».

Sá Fernandes, do Bloco de Esquerda e coligado com a maioria socialista, afirmou que o relatório significa que «as coisas já mudaram para melhor» em termos de finanças camarárias, destacando a «melhor cobrança de receitas, a diminuição de despesas e o aumento das provisões».

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