Bernardo Bairrão garantiu na comissão de inquérito que não teve qualquer intervenção na intenção de compra da TVI por parte da PT, mas admitiu que este seria um bom negócio.
«Do pouco conheço, o negócio fazia todo o sentido. Tratavam-se de duas empresas com o interesse estratégico de se associar», afirmou.
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O administrador da Media Capital revelou que teve conhecimento das negociações «a 20 ou 21 de Junho», antes destas terem sido tornadas públicas, através do administrador da Prisa Manuel Polanco, com quem estava em Madrid.
Bairrão sublinhou que o negócio «envolvia a compra de 30 por cento da Media Capital» por parte da PT, «sem qualquer intervenção na TVI que não fosse na parte financeira», pelo que desvalorizou a alegada intervenção do Governo que a comissão de inquérito investiga.
O administrador negou ainda ter tido qualquer conhecimento da tentativa de compra da TVI por parte da Taguspark.
Quanto à impressão com que ficou quando as negociações lhe foram comunicadas, Bairrão percebeu que «o negócio estava razoavelmente avançado».
Bairrão teve o pré-acordo na mão
O administrador-delegado contou também que chegou a ter na sua mão a term sheet [pré-acordo] entre a PT e a TVI.
«No dia 25 de Junho, a term sheet foi-me dada a consultar. Ao entrar para a reunião do conselho de administração, Manuel Polanco teve a gentileza de ma mostrar», revelou.
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Bernardo Bairrão frisou que o pré-acordo não estava assinado por ninguém e que apenas estabelecia os primeiros «passos para um entendimento».
«A term sheet foi explicada aos administradores nessa reunião, foram explicados os termos normais» de um negócio, concluiu.
ACTUALIZADA ÀS 17h07
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