O primeiro-ministro reiterou esta quarta-feira em debate parlamentar que o Governo continua a ter o objetivo de ter 70% da população adulta vacinada até ao final do verão.
Ainda assim, Costa sublinha que o plano de vacinação é "longo" e que se prolongará até ao final de 2021, "mesmo sem atrasos".
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A notícia surge em resposta a Jerónimo de Sousa que apontou para as suas reservas relativas ao confinamento, até porque "os avanços da ciência permitem soluções mais eficazes e equilibradas”.
Devemos recorrer no maior grau possível às medidas de confinamento”, afirma Costa, justificando que têm sido tomadas medidas “estritamente necessárias”.
O líder do PCP desafiou ainda o Governo a diversificar as vacinas contra a covid-19 em Portugal e ouviu o primeiro-ministro responder que tem encorajado empresas da Rússia e Índia a submeterem as suas vacinas às autoridades europeias.
Não se compreendem a resistência, as manobras de diversão e as pressões políticas para limitar a compra de vacinas a determinadas empresas anglo-americanas”, afirmou Jerónimo de Sousa, no debate com o Governo sobre política geral, na Assembleia da República, em Lisboa.
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A resolução deste problema, com “a diversificação” das vacinas, afirmou, poderia ajudar a resolver os “atrasos no plano de vacinação” que sofreu um revés com a suspensão da administração da AstraZeneca.
Na resposta, o chefe do Governo, António Costa, afirmou que Portugal só pode dar vacinas que sejam licenciadas e revelou que, depois dos atrasos verificados no fornecimento das doses de vacinas, tem “encorajado” empresas de outros países, como a Rússia e a Índia, a submeterem as suas à agência europeia.
"País não tem capacidade para produzir vacinas", explica CostaNão podemos é utilizar vacinas que não estejam licenciadas pela Agência Europeia do Medicamento", afirmou.
António Costa explica ainda que Portugal não tem capacidade neste momento para produzir vacinas. "Não há em Portugal a capacidade para produção de vacinas", sublinha.
O primeiro-ministro avança, contudo, que o Governo está em trabalho "muito estreito" com a Câmara Municipal de Paredes de Coura para instalar uma empresa capaz da produção de vacinas contra a covid-19.
Se essa capacidade já existisse em Portugal, já teríamos as patentes", indica Costa, explicando que o país deve refletir sobre o esforço que deve fazer "para se dotar dessa capacidade", apelando a que esse investimento deve ser direccionado para o Infarmed.
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