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Sócrates avisou PS: não tem condições para governar

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Na reunião política, Sócrates preparou os seus pares para a demissão caso o PEC não seja aprovado. António José Seguro foi o grande ausente

José Sócrates, voltou a afirmar, esta terça-feira à noite, que deixa de ter condições de governabilidade caso a oposição aprove esta quarta, no Parlamento, uma resolução contra o Programa de Estabilidade e Crescimento.

Esta quarta-feira será, aliás, um dia decisivo para o Governo, dado que é votado o PEC 4. Ao longo do dia o tvi24.pt vai-lhe contar tudo em directo.

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Segundo dirigentes socialistas contactados pela agência Lusa, esta posição de José Sócrates foi transmitida na reunião da Comissão Política Nacional do PS, que durou cerca de três horas e ficou marcada por uma ideia de inevitabilidade de uma crise política.

Sócrates, segundo os mesmos dirigentes, voltou a recusar qualquer erro na forma como conduziu o processo de apresentação das medidas do novo PEC e lançou duras críticas ao comportamento da oposição, em especial do PSD, em relação a um programa que disse ter obtido o apoio das instituições europeias.

Na reunião da Comissão Política, da qual esteve ausente o deputado António José Seguro, apontado como potencial candidato à sucessão de José Sócrates no cargo de secretário-geral do PS, registou-se uma série de discursos com apelos à unidade, numa lógica de cerrar fileiras e de previsão de eleições legislativas a breve prazo.

Nesse sentido falaram, entre outros, dirigentes como Jorge Lacão, Eduardo Cabrita, José Lello ou Edite Estrela.

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Nas entrelinhas de alguns discursos ficaram também referências críticas a uma alegada inércia do Presidente da República, Cavaco Silva, no decurso do diferendo político em torno do PEC.

No final da reunião da Comissão Política, a eurodeputada socialista Edite Estrela assumiu publicamente essas queixas, dizendo que o Presidente da República «falou tardiamente e não agiu quando devia».

Já o presidente da Câmara de Lisboa e «número dois» da direcção do PS, António Costa, advertiu as forças da oposição de que «serão penalizados os que abrirem uma crise política», com a tónica no PSD naturalmente, «infelizmente, a posição do PSD não contribui para que se evite uma crise política. Era bom que se poupasse o país a uma crise política que, a acontecer, penalizará muito o país», cita a Lusa.

Na reunião, a única voz dissonante foi a do deputado socialista Ricardo Gonçalves, que ficou sem resposta quando questionou que posição terá o PS se o Presidente da República quiser formar um Governo de salvação nacional.

Ricardo Gonçalves, deputado eleito por Braga, também criticou José Sócrates por apresentar o PEC poucos dias depois de o Presidente da República ter feito um discurso de tomada de posse que considerou contra o Governo, dizendo que esse a escolha desse timingpelo primeiro-ministro foi como atirar gasolina para uma fogueira.

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