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Oposição ataca ministra e pede suspensão da avaliação

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Da esquerda à direita, todos os partidos criticaram o modelo de Maria de Lurdes Rodrigues

Artigo actualizado às 20h45

Durante o debate de urgência no Parlamento relativo ao sistema de avaliação dos professores, a oposição ao Governo foi unânime no ataque à Ministra da Educação e ao pedido de suspensão do actual modelo.

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Luís Fazenda, do Bloco de Esquerda, questionou-se sobre a ausência de «uma única palavra sobre a maior greve de sempre dos professores», lançando também um repto: «Porque é que insiste num modelo que foi corrigido e, agora, ate já admite substituir por outro, mas entretanto tem de castigar os professores?» Maria de Lurdes Rodrigues respondeu, dizendo que o BE fazia «ataques pessoais» e não apresentava qualquer proposta.

Ministra: «Não me peçam para suspender a avaliação»

«Escola não pode ficar refém da teimosia do Governo»

Por parte do PSD, o deputado Pedro Duarte falou da greve feita pela melhor professora do ano e pela melhor escola. «O problema na posição adoptada pela melhor professora é que não se revê no modelo actual», frisou, considerando que a ministra é «incompetente» em todas as áreas, «porque não consegue devolver a tranquilidade» às escolas.

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O deputado social-democrata também não conteve comentários à forma de actuar da ministra: «Hoje, apareceu com pose humilde e de reconhecimento de erros. É uma mudança de estilo, mas não de substância». Mas o PSD deixou ainda uma suspeita no ar. «A ministra não negou estar a preparar um decreto em que os elementos dos Conselhos Executivos» - dos estabelecimentos de ensino - «vão ser avaliados por directores regionais que, pasme-se, são nomeados pelo Governo».

Controlar as escolas

«Isso é no mínimo sufocante», desabafou acrescentado que «na verdade, a avaliação pretende controlar politicamente as escolas».

Maria de Lurdes Rodrigues respondeu, dizendo mais uma vez que o PSD não apresentou propostas e também falou da melhor professora: «O Governo não faz depender a entrega de prémios das greves. Tem comissões independentes para os decidir. Para além disso, as greves são direitos constitucionais que devem ser protegidos e não fazem parte da avaliação de desempenho». Assumiu ainda que os procedimentos «têm total transparência» e defendeu que «um bom julgador por si se julga».

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Insensível

Enquanto o PS acusava o PSD de fazer «geometria favorável», criticando as posições adoptadas pela líder Manuela Ferreira Leite, o CDS-PP considerava que «ninguém pode ficar insensível a tantos protestos de professores e adoptar um discurso do eu, eu, eu», vincou Diogo Feio, acrescentando: «Enquanto não estiver disposta a abdicar do eu, não acredito que vá algum lado. Afinal está disponível a corrigir o sistema, mas só admite utilizar este? É uma contradição».

Em seguida, e depois da possibilidade de «substituição do modelo de avaliação admitida pela ministra, o CDS deixou alguns conselhos: «Primeiro pensar, depois dizer e, por fim, fazer».

Atitude de vitimização

Por parte do PCP, Manuel Tiago considerou que Maria de Lurdes Rodrigues compareceu no Parlamento para se vitimizar, quando está a encetar «um ataque à escola pública» ignorando o momento de «desespero e esgotamento que vivem os professores».

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