O Presidente da República desdramatizou a anomalia técnica do Falcon onde seguia para Chipre e que o forçou a aterrar em Itália, afirmando ter «total confiança» nos pilotos da Força Aérea Portuguesa (FAP) que são muito seguros e cautelosos.
Muito bem disposto e com visível sentido de humor, Cavaco Silva fez questão de tomar um chá no hotel com os jornalistas que o acompanham, cerca das 23H00 (hora local), após a sua reunião com o presidente cipriota Tassos Nikolaus, aos quais contou a aventura da tarde.
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Falcon de Cavaco aterra de emergência
Os jornalistas chegaram horas antes à capital cipriota a bordo de um Hércules C-130) da FAP.
«Iam dois pilotos na cabina e outros dois nos lugares dos passageiros e eles riam-se», disse Cavaco Silva, acrescentando bem disposto e humorado que face a isso «também se riu».
No entanto, apesar de se sentir seguro, reconheceu ter sentido algum alívio ao aterrar na Base Aérea italiana de Brindisi.
Questionado se não estava na altura de substituir os Falcon da FAP, o Presidente não respondeu directamente mas disse que na Europa já nenhum Presidente ou chefe de governo se desloca naqueles aparelhos com mais de duas décadas de serviço. «Nem na Europa, nem em África», acrescentou.
O Chefe de Estado recordou duas aterragens de emergência que fez numa anterior versão dos Falcon quando era primeiro-ministro na década de 80.
O Presidente aguardou hoje numa sala da base militar de Brindisi, Sul da Itália, onde a comitiva depois esperou a chegada de um segundo Falcon da FAP para retomar a sua viagem para Nicósia.
O Presidente manifestou-se muito satisfeito com o acolhimento que teve em Brindisi, revelando que em pouco tempo compareceram, na sala onde aguardava o segundo avião, as principais autoridades locais que, com muita simpatia, fizeram questão de lhe apresentar pessoalmente cumprimentos.
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