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Moção de censura: um mês para decidir o que fazer

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Bloco de Esquerda só irá apresentar o texto na segunda semana de Março. Partidos deverão esperar para fundamentar o seu sentido de voto. PCP admite apresentar outra e PSD pode antecipar decisão

O anúncio de uma moção de censura a 10 de Março apanhou de surpresa o Parlamento esta quinta-feira, exactamente um mês antes da sua apresentação por parte do Bloco de Esquerda.

O «pré-aviso» de Francisco Louçã deu muito tempo aos partidos para decidirem o seu sentido de voto, sendo que, neste momento, apenas os bloquistas e o PS não têm dúvidas: os primeiros votarão a favor, os segundos contra.

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Fontes do Bloco adiantaram ao tvi24.pt que o texto da moção será apresentado a 7 de Março, possibilitando a sua discussão e votação na data anunciada por Louçã, «no primeiro dia que tem uma utilidade prática», como justificou o próprio, ou seja, após a tomada de posse do Presidente da República. Caso a moção seja aprovada, Cavaco Silva já poderia assim dissolver o Parlamento e o Governo cairia.

Quer isto dizer que, até ao dia 7, PCP, PEV, CDS-PP e PSD não terão fundamentos sustentados no texto da moção de censura para a aprovar ou rejeitar.

Fonte social-democrata admitiu, no entanto, ao tvi24.pt, que o partido liderado por Pedro Passos Coelho pode «adiantar-se» a esta data, recusando «arrastar» a decisão, que já se prevê ser de rejeição à iniciativa do BE.

O líder parlamentar do PSD, Miguel Macedo, já recusou qualquer divisão no partido.

Também o PCP admite definir o seu sentido de voto brevemente. O comité central do partido reúne-se esta sexta-feira e o líder parlamentar Bernardino Soares não descartou a possibilidade de apresentação de outra moção de censura ao Governo.

Já o CDS-PP, pela voz de Pedro Mota Soares, garantiu ser «favorável» a qualquer a posição que vise «uma mudança de ciclo político». No entanto, o texto da moção não deverá ir de encontro aos argumentos dos democratas-cristãos.

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