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Cimeira UE-Africa custa 10 milhões de euros

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Governo diz que se trata de um «exercício de contenção de custos»

Portugal vai gastar 10 milhões de euros com a realização da cimeira Europa/África, do próximo fim-de-semana, em Lisboa, verba que não estava inicialmente contemplada no orçamento previsto para a Presidência portuguesa da União Europeia (UE), noticia a Lusa.

Numa conferência de imprensa, que passa a decorrer diariamente até sexta-feira, dia da recepção dos participantes na cimeira, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, adiantou que o reforço da verba foi já pedido ao Ministério das Finanças de Portugal.

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No seu entender, o montante em causa constitui um «exercício de contenção de custos» e está «longe» dos orçamentos consumidos noutras iniciativas «menos importantes» que a Cimeira de Lisboa.

Salientando a «grandeza» do encontro, em que, garantiu, todos os 53 países africanos e os 27 da UE estarão representados, a diferentes níveis, negou que haja uma «derrapagem» financeira nos custos da cimeira, sublinhando a importância do que considerou ser «um investimento».

«Investimento para a projecção de Portugal»

«Tem de se pensar que se trata de um investimento para a projecção de Portugal e da capacidade diplomática» portuguesa, afirmou.

Gomes Cravinho deu também conta da presença, já confirmada, de 34 chefes de Estado (28 africanos e seis europeus) e de 27 primeiros-ministros (10 africanos e 17 europeus) na cimeira de Lisboa, lembrando que a Finlândia é o único país que traz a Lisboa presidente e chefe de governo.

Sublinhando tratar-se «do maior desafio de sempre da diplomacia portuguesa», Gomes Cravinho adiantou que, em princípio, os únicos países que estarão em Lisboa representados pelos ministros dos Negócios Estrangeiros são a Lituânia, Chipre, República Checa e Eslováquia, da parte europeia, e o Quénia, Tanzânia, Gâmbia e Serra Leoa, da parte africana.

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A estes países, que enviam os respectivos MNE por razões de agenda, há a juntar-se o Reino Unido, que estará representado pela embaixadora britânica na União Africana (UA).

Deixando os «temas quentes» para a conferência de imprensa a realizar na quarta-feira, também no Palácio das Necessidades, Gomes Cravinho lembrou que estarão em Lisboa cerca de 1.500 membros das delegações dos 80 países em causa, a que se juntarão os dos 14 países observadores, 11 organizações sub-regionais africanas, dois parlamentos, 20 instituições internacionais e duas organizações da sociedade civil.

Segundo o governante português, haverá na cimeira tradução simultânea para 24 línguas «activas e passivas» - 22 europeias e as restantes duas o árabe e o suahili -, 31 salas para conferências de imprensa para responder à procura e ainda uma capacidade para realizar 466 reuniões bilaterais entre as diversas delegações.

Além destes números, Gomes Cravinho disse que é esperada a acreditação de mais de 1.500 jornalistas, o que, juntando as centenas de outros profissionais nos bastidores, o total de pessoas envolvidas directa ou indirectamente na cimeira ascende a quase cinco mil.

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