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Luís Amado não quer Mugabe em Lisboa

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O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, assumiu esta quarta-feira, em Singapura, que prefere a ausência do presidente do Zimbabué na Cimeira UE/África, considerando que a sua presença desviaria as atenções do essencial da reunião.

«Não sabemos quem vai estar ou não vai estar, mas se me pergunta se eu gostava que Robert Mugabe estivesse em Lisboa, diria que não», afirmou Luís Amado a jornalistas, à margem da cerimónia de inauguração de uma agência da AICEP Portugal Global, em Singapura.

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«É preferível que não esteja, precisamente porque vai criar um ruído à volta da Cimeira que, do meu ponto de vista, distrai do que de essencial se discute [na Cimeira]», justificou Luís Amado, presidente em exercício do Conselho de Ministros da União Europeia.

A presidência portuguesa da UE garantiu terça-feira que dirigirá uma mensagem «muito firme e muito clara» sobre a situação dos direitos humanos no Zimbabué, caso o presidente do país, Robert Mugabe, participe na segunda Cimeira Europa-África, agendada para 08 e 09 de Dezembro, em Lisboa.

Simultaneamente, e a pedido do Reino Unido, a UE deverá nomear rapidamente um enviado especial para se deslocar ao Zimbabué com o propósito de elaborar um relatório sobre a situação no país antes da Cimeira.

A eventual participação na Cimeira do presidente zimbabueano, cujo regime é objecto de sanções da UE por autoritarismo e violações dos direitos humanos e cívicos, tem suscitado controvérsia entre europeus e africanos, tendo o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, já ameaçado que boicotará a reunião, caso Robert Mugabe se desloque a Lisboa.

Brown garantiu também que nenhum dos seus ministros participará no encontro, se Mugabe estiver presente, e o Governo de Londres ainda não anunciou a que nível se fará representar, nestas circunstâncias.

A primeira Cimeira Europa/África realizou-se no primeiro semestre de 2000, no Cairo, por iniciativa da anterior presidência portuguesa da UE.

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