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Voos da CIA: César admite passagem pelos Açores

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Líder do Governo regional diz que esse cenário é «lamentável»

O presidente do governo regional dos Açores, Carlos César, admite que aviões transportando alegados suspeitos de terrorismo para a base norte-americana de Guantanamo, em Cuba, tenham passado em território nacional, o que considera «lamentável», refere a Lusa.

Em declarações ao programa «Diga Lá, Excelência», da Rádio Renascença, jornal Público e RTP2, Carlos César afirma desconhecer qualquer «documento que ateste de forma fidedigna» a passagem de aviões dos serviços secretos pela Basa das Lajes, na ilha terceira.

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«Em relação às questões que têm a ver com o trânsito na Base das Lajes ou em outros aeroportos portugueses de eventuais prisioneiros de Guantanamo, eu, como presidente do governo regional, ignoro por completo um único documento que ateste de forma fidedigna que isso aconteceu», afirma o governante socialista na entrevista que será publicada na edição de domingo do Público e transmitida no mesmo dia às 12:00 pela Rádio Renascença e, à noite, pela RTP2.

César admite, «no domínio das probabilidades», os aviões que transportaram prisioneiros em Guantanamo possam ter sido abastecidos de combustível «nos Açores ou no Continente», à semelhança do que acontece com aviões civis.

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«No domínio das probabilidades, aqueles prisioneiros que lá estão [em Guatanamo] devem ter passado seguramente por algum aeroporto antes de lá chegar e, muito provavelmente, tal como passa a aviação civil que vai para aquela área fazendo abastecimentos em aeroportos no Atlântico, podendo fazê-lo nos Açores ou no Continente. Portanto, não rejeito que isso tenha acontecido», afirma.

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Caso tal tenha ocorrido, o presidente do governo açoriano considera que se trata de um episódio «lamentável» e que deve ser esclarecido com os Estados Unidos.

«Se isso se passou, evidentemente é lamentável, porque nós lamentamos e opomo-nos àquilo que se passa em Guantanamo», diz, acrescentando que «no âmbito das relações bilaterais, que são relações a privilegiar com os Estados Unidos e o nosso país», há que «esclarecer matérias como esta».

No final de Janeiro foi conhecido um relatório da organização britânica REPRIEVE que indica que mais de 700 presos foram ilegalmente transportados para a base de Guantanamo «com a ajuda de Portugal» e que pelo menos 94 voos passaram por território português, entre 2002 e 2006.

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