Jerónimo de Sousa não compreende a razão do «senhor primeiro-ministro, que se escandaliza tanto com o abuso do seu nome em certas situações, e o próprio ministro da Justiça, avisado de que houve abuso do seu nome, não tenham tomado a medida política que era necessária», em relação ao afastamento do procurador Lopes da Mota do Eurojust.
«O procurador não pode exonerar alguém que foi nomeado pelo Governo, portanto há aqui uma questão política. Não há condições políticas para que a pessoa em causa continue a exercer o cargo que tem neste momento. Impõe-se uma decisão política, não esperamos posições da PGR», disse o secretário-geral do PCP, aos jornalistas, no final de um encontro com representantes da Associação Sindical de Juízes.
PUB
«Está estabelecido este problema político. Pode o governo manter uma nomeação tendo em conta a gravidade desta invocação de nomes? O que é que o Governo teme?», questionou.
Para Jerónimo de Sousa, a decisão da Procuradoria-Geral da República de excluir o Eurojust da investigação do caso Freeport foi «chover no molhado», depois de a instituição ter cessado a cooperação judiciária em Abril.
PUB