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PS e direita rejeitam voto de protesto contra cimeira da NATO

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PS, PSD e CDS-PP rejeitaram o voto de protesto dos Verdes contra a realização da cimeira da NATO em Lisboa, destacando que do encontro vai sair um mundo «mais seguro» contra as ameaças do terrorismo.

Estes três partidos rejeitaram igualmente projectos de resolução do Bloco de Esquerda e do PCP ¿ tecendo duras críticas a estas bancadas parlamentares pela oposição à realização da cimeira em Lisboa, a 19 e 20 de Novembro -, no mesmo dia em que o Parlamento debateu uma petição subscrita por 13 mil pessoas no mesmo sentido.

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Pelo PS, Miranda Calha acentuou que a reunião da NATO vai servir para definir um novo conceito estratégico da organização para responder a «novas ameaças», nomeadamente o «terrorismo, que é uma ameaça à paz, à segurança e à convivência entre os povos».

«A OTAN é a principal organização armada e de segurança das grandes democracias. Sem ela, a paz e a segurança mundial estariam certamente muito mais frágeis. Somos membros da OTAN e temos a honra de ser em Lisboa que se vai realizar uma cimeira muito importante», destacou o deputado do PSD Pacheco Pereira.

Reafirmando a «honra e orgulho» pela realização da cimeira em Portugal, João Rebelo (CDS) afirmou que a NATO «é um caso de sucesso, não disparou uma bala durante a guerra fria e teve três intervenções militares em 30 anos» e acusou o PCP de «incorporar os ideais do Estado Novo do Portugal orgulhosamente só».

Para o PEV, a organização internacional «pretende, com o novo conceito estratégico, alargar o campo de intervenção e os seus pretextos e garantir maior facilidade para desencadear acções», disse José Luís Ferreira, que repudiou «a postura e conivência do Governo português, ao não promover um debate nacional sobre as graves consequências de associar o país a esta escalada belicista».

O líder parlamentar do BE, José Manuel Pureza, afirmou que o novo conceito estratégico que a NATO irá debater pretende mais militarização e considerou «um sinal elucidativo» do recente investimento de cinco milhões de euros que «o ministério da Administração Interna se propõe fazer», desafiando o Governo a defender «de forma clara» a Carta das Nações Unidas e o primado do direito internacional.

«A realização da cimeira da NATO em Lisboa associa o nosso país a uma nova escalada de agressão contra os povos e colide com os princípios constitucionais que regem as relações internacionais de Portugal», como «o respeito pelos direitos dos povos, da solução pacífica dos conflitos internacionais, da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados», defendeu a deputada do PCP Paula Santos, reiterando a «dissolução e a progressiva desvinculação de Portugal» da Aliança Atlântica.

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