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O primeiro-ministro entende que as propostas apresentadas esta terça-feira por um grupo de trabalho socialista são uma forma de «ajudar o PS» a ganhar as eleições legislativas e não de «resolver os problemas do país». Tal como a direção do PSD já tinha sublinhado ontem, Passos Coelho voltou a referir as semelhanças com o programa dos governos de José Sócrates.
«[As propostas] são claramente representativas de uma estratégia económica que não é a nossa. É uma estratégia económica que o PS já defendeu no passado, já executou no passado e cujos resultados os portugueses conhecem».
«Aquele debate sobre a sustentabilidade da dívida, o que teremos de fazer nos anos mais próximos para devolver às pessoas uma esperança maior, está hoje ao nosso alcance e isso deve-se, ainda que o PS faça uma espécie de confissão envergonhada, àquilo que foi o nosso esforço durante quatro anos».
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«Escolhas que não tivemos, e eu não tive, nos últimos quatro anos».
«É importante os partidos, ainda para mais em ano eleitoral, terem a transparência de dizerem ao que vêm, definirem com clareza a sua estratégia para futuro. Isso deve ser saudado. E como primeiro-ministro, mais até do que como dirigente partidário, não posso deixar de saudar essa preocupação do PS».
«De acordo com os dados que temos, e que jogámos em interação de informação com a Comissão Europeia, não nos parece que estes dados nos permitam baixar o nosso défice estrutural - de resto, há uma total omissão quanto a essa matéria naquilo que foi ontem apresentado pelo PS».
Segundo Passos Coelho, o PS devia expor o seu plano macroeconómico «da mesma maneira, por exemplo, que o Governo apresentou o Programa de Estabilidade, o submeteu à discussão no parlamento, obteve da parte do Conselho de Finanças Públicas já um parecer, fornecendo todos os quadros e toda a informação pertinente e relevante para que se possa fazer contas» e verificar se cumpre ou não as regras.
«Tudo isso obedece a requisitos próprios que não estão ainda reunidos na forma como o PS apresentou as suas medidas. Portanto, para podermos fazer bem contas é preciso que na forma de apresentar essas medidas se recorra a um formato em que toda a gente possa confirmar, fazer as contas, perceber o que é que significam aquelas opções».
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