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«Já vivemos um PREC. Não queremos outro»

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Paulo Portas insiste que não quer fazer uma «campanha de incidentes» e por isso «não quer falar de certas asfixias». «Nós não fazemos fretes ao PS. Falamos da realidade que é o que conta para os portugueses», disse o líder centrista num discurso em Santarém para cerca de 400 pessoas.

«Asfixias são os jovens sem emprego, são os portugueses asfixiados com tantos impostos, são os criminosos soltos, os agricultores desmoralizados, o caos nas salas aula, as pensões baixas», afirmou.

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Gracejando, Portas diz que este foi um comício triplex. O restaurante acabou por ser pequeno para tanta gente e se alguns acabaram por ficar na esplanada, outros, tiveram mesmo que ir para um restaurante a cerca de um quilómetro de distância. Esta noite houve mesmo um autocarro, coisa rara no partido, que trouxe militantes e simpatizantes vindo de Ourém, e camisolas com o lema da campanha: «Dar tudo pelo Ribatejo».

Em jogo em Santarém, está a eleição de um deputado que em 2005 não foi eleito «por um punhado de votos», recorda Portas e avisa: «se nós não elegermos um deputado, será o PS que elege e teremos mais um deputado socialista inútil ao distrito. Aqui, o voto de protesto é no CDS», afirmou.

«Isto já não é da cooperativa»

Portas atacou depois os «aventureiros» da «extrema-esquerda». «Já vivemos um PREC. Não queremos outro», disse em referência ao programa eleitoral do Bloco de Esquerda, afirmando que «no PREC até as misericórdias nacionalizaram».

O mote tinha aliás sido dado por Nuno Melo, que começou o discurso a recordar a ocupação da Herdade da Torre Bela, que aconteceu em 1975. «Um camarada doutrinava que os tractores eram da cooperativa, as alfaias eram da cooperativa e a enxada era da cooperativa. Até que houve alguém que perguntou: porque é que é da cooperativa se fui eu que paguei?»

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«Lembremo-nos que isto já não é da cooperativa. Era o que faltava de novo apropriarem-se das coisas do povo», disse ainda o eurodeputado. «Os contribuintes já pagam demais, era o que faltava agora pagaram as nacionalizações da CDU e do BE».

E Portas alertou que «se CDS não subir os impostos não baixam, há impunidade na justiça, abusos do rendimento mínimo, insegurança, falta autoridade escolas e incompetência no Banco de Portugal».

«Asfixiado pelo rosa-laranja e pelo laranja-rosa

Nuno Melo criticou o apelo ao voto útil e afirmou que «o que está em causa é que somados os votos, o CDS e o PSD tenham mais do que todas as esquerdas juntas».

Afirmou ainda que se sente «asfixiado pela alternância entre o rosa-laranja e laranja-rosa». «É vira o disco e toca o mesmo», diz Nuno Melo.

Portas também criticou o «centrão», as medidas que PS e PSD aprovaram juntos e as posições concordantes em relação a algumas matérias. «Já não bastava o PS ser a favor do rendimento mínimo, agora o PSD também é», disse Portas. «Não me peçam para apoiar que alguém que recebe dinheiro porque não quer trabalhar», adiantou.

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