«Quando fui votar, no boletim de voto [2005], não estava lá o nome do Pedro Santana Lopes. Se estivesse não votava». A frase de Manuela Ferreira Leite, publicada numa entrevista à revista Sábado, fez com que Santana Lopes marcasse uma conferência de imprensa de urgência, esta quinta-feira ao final da tarde, para acenar com o regulamento de disciplina do PSD e garantir que estas afirmações constituem «infracções disciplinares graves dos deveres dos militantes».
«Este é o tipo de declarações impensáveis, que constituem uma atitude reiterada de demonstrada intencionalidade, que traduz uma violação grave dos estatutos do partido», afirmou o candidato à presidência do PSD, recordando ainda a entrevista do Jornal de Notícias, no início da campanha.
PUB
«Considero estas declarações as mais graves desta campanha e de um candidato a líder de um partido», disse Santana Lopes, acrescentando que a afirmação é uma «reiterada violação de um comportamento, que já considerei inadequado».
Questionado se irá apresentar queixa ao Conselho de Jurisdição do partido, Santana Lopes afirmou que não. «O que lhe deve acontecer é não voltar a fazer estas declarações e ser derrotada no sábado».
Passso Coelho «viu o chão fugir-lhe debaixo do pés»
Sobre as declarações de Pedro Passos Coelho, ao início da tarde, que resumia a disputa eleitoral a dois candidatos - o próprio e Manuela Ferreira Leite - Santana garantiu que o ataque não é mais do que uma «manobra para tentar à força afastar alguém e tentar fugir, por esses expedientes». Para o ex-primeiro-ministro, Passos Coelho «viu o chão fugir-lhe debaixo dos pés», depois dos «resultados unânimes» do debate de ontem à noite, na SIC.
PUB