O estudo sobre a Terceira Travessia do Tejo, elaborado pela empresa de consultadoria TIS, demonstra que a opção Beato-Montijo é superior à Chelas-Barreiro em 14 dos 15 critérios analisados, revelou esta segunda-feira à Lusa José Manuel Viegas.
O estudo, desenvolvido pela empresa de consultadoria presidida por Viegas, é uma «versão aprofundada» do estudo da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) e será entregue ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) na terça-feira, de modo a integrar a análise comparativa que o laboratório está a elaborar.
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Em declarações à Lusa, José Manuel Viegas explicou que o estudo consiste numa análise comparativa entre as duas soluções para a nova travessia do Tejo [Beato-Montijo e Chelas-Barreiro] tendo por base, além dos custos e do prazo de conclusão, um conjunto de 15 «critérios qualitativos», como ordenamento do território, desempenho rodoviário, desempenho ferroviário, operacionalidade do Porto de Lisboa, entre outros.
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Travessia do Tejo: «É um embuste»
«A análise comparativa dos 15 critérios demonstra a superioridade da solução Beato-Montijo em 14», sublinhou precisando que o único critério em que a solução avançada no estudo da CIP «perde» para a solução da RAVE é o tempo de ligação dos comboios suburbanos a Lisboa.
Na solução Beato-Montijo o tempo de ligação do serviço suburbano a Lisboa demora mais 1 minuto e 44 segundos que na solução Chelas-Barreiro.
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Rede viária
O estudo demonstra que, no conjunto dos viajantes, a opção Beato-Montijo representa «grandes ganhos de valor de tempo e apresenta um melhor enquadramento na rede viária e no transporte de mercadorias».
«O desenvolvimento extenso da solução resolve de forma definitiva todas as dúvidas que havia sobre a viabilidade física da solução Beato-Montijo», destacou adiantando que o estudo elaborado pelos técnicos da TIS inclui também uma análise de impacto paisagístico.
Beato-Montijo é melhor
O estudo, que «demonstra que a solução Beato-Montijo é mesmo a melhor», será disponibilizado na terça-feira à noite no site da TIS.
Viegas espera que Estado compense trabalho
José Manuel Viegas, responsável por este estudo disse que o documento não teve um financiador, apesar de ter esperanças que o Estado o venha a compensar por este trabalho.
O especialista em transportes disse que a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), que financiou o primeiro estudo em que a opção Beato-Montijo foi apresentada «já não é um cliente».
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«O estudo é independente da CIP é da responsabilidade da TIS. Ninguém pagou o estudo. Fizemo-lo por serviço público», sublinhou.
Apesar de considerar que as hipóteses de vir a ser contratado para integrar a equipa de técnicos da Rede de Alta Velocidade (RAVE) «são nulas», José Manuel Viegas tem esperanças de vir a ser ressarcido pelo Estado.
«Espero que o Estado me venha a pagar isto [o estudo], porque estamos a contribuir com valor para uma solução», justificou.
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