As eleições regionais na Madeira vão realizar-se a 9 de Outubro, mas Pedro Passos Coelho garantiu antes irá saber-se o resultado da auditoria às contas do arquipélago. O primeiro-ministro admitiu que a região enfrenta problemas sérios e que estes representarão um «ónus» para os madeirenses.
O tema da Madeira surgiu no debate quinzenal desta quinta-feira em primeiro pela boca de António José Seguro, que acusou o primeiro-ministro de não falar sobre o «descalabro das contas públicas» da região. Passos não falou.
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Mas Francisco Louçã voltou à carga. «Sei que gostaria de chegar fim deste debate a dizer: safei-me de falar da Madeira», disse o líder do BE, para depois questionar se seriam conhecidos este mês o resultados da autoria.
Passos Coelho assumiu que estes dados serão conhecidos em Setembro e negou qualquer tabu sobre os problemas da região, liderada pelo social-democrata Alberto João Jardim.
«O Governo não olha para a Madeira com olhos partidários», assegurou o primeiro-ministro, reconhecendo que esta é uma «região autónoma que está nesta altura com problemas sérios».
«Pediu que para que fosse feita uma reavaliação e desenhado um programa de ajustamento que trará dificuldades na sua aplicação e não representará um bónus, representará um ónus que os madeirenses e o Governo Regional terão de cumprir», avisou.
Passos Coelho acrescentou que além de um desvio de 550 milhões de euros», há o problema de «cerca de 350 milhões de euros em salários pagos a mais do que estava orçamentado» e 570 milhões «a mais em consumos intermédios».
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