Quando explicava aos deputados presentes na Comissão conjunta de Orçamento e Finanças e Obras Públicas, Transportes e Comunicações, as eventuais divergências no discurso, ontem, do ministro das Finanças, Luís Campos e Cunha, e o da tutela, hoje, sobre as certezas quanto ao desenrolar destes grandes projectos, Mário Lino acabou por avançar que prevê «fazer a apresentação do projecto de alta velocidade em Setembro deste ano e o da Ota em Outubro, com bastante pormenor».
«O que o senhor ministro das Finanças disse é cristalino e óbvio. (¿). É que todos estes grandes projectos, e os outros também, devem ser avaliados à medida que o processo vai ser implementado. Estamos a falar neste caso de um projecto a 10 ou 12 anos, portanto vamos ter que os apresentar. Aliás, até vão ser escrutinados publicamente».
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Criticado pela oposição pelo facto de garantir que alta velocidade e OTA avançam ainda nesta legislatura, Mário Lino argumentou, afirmando que «não fazer também custa dinheiro».
É que, segundo o ministro, «a remodelação do aeroporto da Portela vai custar nos próximos anos 500 milhões de euros, isto para ficar minimamente adequado», para além do que «custa o que perdemos por dia, pelos voos que não podem aterrar na Portela. Era bom que se fizessem estas contas todas, não é só quanto custa fazer, é também quanto custa não fazer», sublinhou.
Recorde-se que a privatização da ANA ¿ Aeroportos de Portugal tem sido apontada como a via de financiamento mais provável, mas hoje o ministro apenas afirmou que o investimento será fundamentalmente privado, embora tenha também ressalvado que «o modelo de financiamento está ainda a ser estudado».
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