Os deputados da Comissão de Inquérito ao Banco Português de Negócios adiaram para a próxima reunião a decisão sobre uma nova audição a Dias Loureiro, ouvido pela segunda vez no Parlamento, refere a Lusa.
A segunda audição de Dias Loureiro foi requerida pelo CDS-PP, Bloco de Esquerda e PCP, sendo que nenhum deputado de outro grupo parlamentar levantou objecções.
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Dias Loureiro foi chamado pela segunda vez à Comissão de Inquérito por ter faltado à verdade na sua primeira audição, ao afirmar que desconhecia a existência do Excellence Assets Fund, um fundo que serviu de base a um negócio ruinoso em Porto Rico, noticiou o semanário «Expresso» esta semana, citando documentos que provam o contrário.
O adiamento da decisão deveu-se ao adiantado da hora, uma vez que as audições a Joaquim Nunes, antigo administrador do Banco Insular, e a João Carvalho das Neves, ex-administrador do BPN e administrador demissionário da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), demoraram mais de sete horas.
Lencastre Bernardo na AR
Para esta quarta-feira, está agendada a audição de Lencastre Bernardo, que foi um elemento da SLN ao tempo de Dias Loureiro e antigo director dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, quando Dias Loureiro era ministro da Administração Interna.
No final da audição desta terça-feira, os deputados equacionaram a hipótese de adiar também a reunião de quarta-feira, uma vez que se perspectiva uma agenda de trabalhos intensa no plenário.
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Os deputados da Comissão vão tomar quarta-feira uma decisão sobre se mantêm ou não a reunião agendada para as 18h30.
Para quinta-feira, está marcada a audição de Meira Fernandes, administrador da equipa de Miguel Cadilhe na SLN, considerado por muitos o número dois de Cadilhe.
Ricardo Rodrigues, vice-presidente da bancada parlamentar do Partido Socialista, propôs à presidente da Comissão que se fixasse uma data limite para a conclusão dos trabalhos, uma vez que depois de sete horas de reunião já não se conseguem manter os níveis de atenção, tendo em seguida abandonado a sessão.
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