O Governo prometeu à Comissão Europeia aumentar os impostos em 2010 e 2011.
A decomposição da receita fiscal, prevista no Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) aprovado no final de Janeiro no Parlamento e já entregue em Bruxelas, deixa claro que os impostos directos e indirectos vão aumentar nos próximos dois anos, avança o «Correio da Manhã».
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Depois do alívio aplicado em 2009, a carga fiscal aumentará 0,3 pontos percentuais nos próximos dois anos. E, caso o PIB seja próximo dos 160 mil milhões de euros por ano, os portugueses pagarão mais 320 milhões de euros em impostos, em 2010.
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As perspectivas orçamentais para as administrações públicas até 2011, previstas no PEC, mostram que os impostos directos, como o IRS e o IRC, descem de 9,8 por cento do PIB, em 2009, para 9,6 por cento, em 2010, mas sobem para 9,7 por cento do PIB no ano seguinte, quando o Governo prevê um crescimento económico de 1,3 por cento.
Já os impostos indirectos, como o IVA e o ISP, terão uma evolução contrária: em 2010, apesar do impacto da crise económico-financeira estar longe do fim, aumentam para 15 por cento do PIB, contra 14,8 por cento em 2009, e, no ano seguinte, mantêm o mesmo peso no PIB.
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Com este aumento dos impostos, a carga fiscal, que em 2007 era de 36,5 por cento do PIB, aumentará de 35 por cento do PIB, em 2009, para 35,2 por cento, no próximo ano, e 35,3 por cento, em 2011. De 2007 a 2011, a carga fiscal terá o valor mais baixo em 2009, ano em que ocorrem três actos eleitorais.
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